É celebrado, nesta quarta-feira (15), o Dia Internacional do Câncer na Infância. A data, criada em 2002 pela Childhood Cancer International (CCI), simboliza uma campanha global para conscientizar sobre o câncer infantil e expressar apoio às crianças e adolescentes com câncer, aos sobreviventes e suas famílias.
Em Feira de Santana, a Associação de Apoio à Pessoas com Câncer (AAPC), localizada na rua Thereza Cunha Santana, no bairro São João é uma organização sem fins lucrativos, que possui o propósito de atender e ajudar pessoas com câncer. Na Associação trabalham diversos profissionais de forma voluntária, como psicólogos, assistentes sociais e nutricionistas, a fim de apoiar as famílias e os pacientes com câncer.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a assistente social, Maria Betânia Andrade, do setor de relações públicas da entidade, informou que a AAPC já está atendendo, neste início de ano, 25 crianças.
“Iniciamos o ano agora, e estamos aqui aguardando mais algumas crianças chegarem para darmos continuidade ao nosso trabalho”, informou.
As crianças que vêm de outras cidades da Bahia são acolhidas na casa de apoio AAPC.
“As crianças que vêm de fora, que moram no interior, vem com suas mães e com seus pais, ficam aqui com a gente o tempo que precisarem para o tratamento. Com o carro da AAPC o motorista leva as crianças para o Hospital Estadual da Criança (HECO e algumas crianças vão para a Unacon. Elas fazem o tratamento e voltam, porque aqui é uma casa de apoio. A maioria das crianças chega aqui com leucemia e linfomas, mas aqui não fazemos os tratamentos, esses tratamentos são feitos tanto no HEC quanto na Unacon”, explicou Maria Betânia.
Na AAPC as crianças são acolhidas, atendidas e podem se alimentar, descansar e brincar também.
“Em 2022 o número foi superior a 2021, porque ainda estávamos com os resquícios da pandemia. Em 2022 as mães voltaram a trazer as crianças. Nós tivemos, em 2022, um contingente de mais de 80 crianças”, pontuou.
A instituição atende bebês, crianças e jovens. As crianças vêm de vários municípios como Euclides da Cunha e Mucugê.
“Nós atendemos bebês de até 12 anos, nós também temos jovens que atendemos de 12 anos em diante. Aqui tudo é gratuito ninguém paga nada”, salientou.
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Izoneide Felix da Costa, assistente social e voluntária na AAPC disse ao Acorda Cidade que realiza o acolhimento das famílias.
“Faço acolhimento dos pacientes de toda faixa etária, principalmente as crianças. Nós apoiamos e acolhemos os familiares e as crianças. Quando elas vêm fazer o tratamento no HEC o tempo que elas ficam lá nós ajudamos. O carro leva e busca essas pessoas do hospital e elas ficam acolhidas aqui na AAPC”, descreveu.
O cadastramento dessas pessoas é realizado equipe de recepção da AAPC. E a assistência social ajuda as famílias encaminhando-as para outros serviços.
“Eu ajudo a encaminhar para o auxílio doença, faço acolhimento das famílias para levantar a autoestima dos pais e da própria criança, a depender da idade. O trabalho do assistente social é acolher, dar amor; encaminhar para o hospital; Nós fazemos visitas para saber como essas crianças estão sendo atendidas”, apontou Izoneide.
A AAPC possui uma equipe multidisciplinar composta, além de assistentes sociais, por psicólogos, nutricionista, setor jurídico, dentre outros profissionais.
“Nós buscamos fazer esse acompanhamento 24 horas para saber como essa criança está sendo atendida no hospital e na AAPC”, destacou.
Maila Silva Fernandes é mãe de Isabela Silva Fernandes, de 8 anos. Há quatro anos a filha de Maila foi diagnosticada com leucemia linfoide aguda (LLA) e encontrou em Feira de Santana um lugar mais próximo para realizar o tratamento da sua filha, que está curada da doença.
“Vamos embora hoje, porque ela já fez a cirurgia, e vamos voltar para a nossa cidade de origem que é Teixeira de Freitas. O médico diagnosticou que ela já está curada, graças a Deus. No momento em que descobrimos o câncer em Isabela o único lugar que achamos vaga foi aqui em Feira de Santana. Na AAPC o atendimento foi sempre acolhedor e todos são bem atendidos”, compartilhou a mãe.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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