A população de Feira de Santana, especialmente nos bairros Cidade Nova, Centenário, Mangabeira e Queimadinha, tem enfrentado um incômodo crescente com as muriçocas.
Em entrevista ao Acorda Cidade, Carlita Correia, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Viep), explicou as medidas adotadas pelo município para o controle desses vetores, incluindo o uso de fumacê como parte do programa de combate às arboviroses, que incluem dengue, Chikungunya e Zika.
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Até o momento, Feira de Santana registra mais de 7.700 casos confirmados de dengue em 2024 e oito óbitos. Há ainda quatro mortes em investigação. No entanto, os números vêm caindo gradativamente. Segundo Carlita, Feira de Santana tem um decremento desses casos, ou seja, mês a mês as ocorrências vem diminuindo de forma significativa.
“Temos, na verdade, o programa de combate às arboviroses, que a gente trabalha com base no Ministério da Saúde, que é o controle desses vetores. Além das outras estratégias, no momento que é necessário o uso do fumacê, a gente utiliza esse recurso. Feira de Santana, esse ano, teve esse serviço contratado pela prefeitura, uma vez que teve altas incidências de casos de dengue,” relatou.
Segundo a coordenadora, apesar de não haver um programa específico para o combate ao mosquito Culex, conhecido popularmente como muriçoca ou pernilongo, ele é afetado pelas ações do programa de arboviroses.
“No calor, o Culex tem um período reprodutivo mais curto e se reproduz com velocidade, incomodando muito a população. A gente teve, esse ano, epidemia bem considerável de dengue em todo o país e Feira de Santana não foi diferente. No controle das arboviroses, no uso do fumacê, tem essa inclusão de também matar esses outros vetores”, explicou.
Ainda em entrevista ao Acorda Cidade, Carlita destacou a eficácia das estratégias do Viep e afirmou que tanto o fumacê tradicional quanto o moto-fumacê têm mostrado resultados positivos.
“A empresa que atuou e atua em Feira de Santana tem relatórios de eficácia do trabalho. Por isso, foi contratada. Dentro dessa realidade de eficácia, eu posso te dizer que ambos são eficazes no tratamento, no controle, porque Feira de Santana teve essa redução bem significativa de casos, por conta também das ações que foram feitas ao longo do ano, e principalmente nos casos de incidência alta”.
Ela também explicou a logística do uso de inseticidas enviados pelo governo federal até chegar ao município.
“Recebemos o inseticida do Ministério da Saúde, através do Estado, para as bombas costais, para o trabalho de controle também desses vetores. Mas, para o uso de fumacê, nós não recebemos porque, no momento, o Estado não tinha carro disponível para disponibilizar para Feira de Santana. Então, nessa mesma vertente, a prefeitura contratou serviços de moto-fumacê para dar esse suporte, para que a gente conseguisse baixar a incidência de casos de dengue no município”.
A coordenadora também ressaltou as novas tecnologias e estratégias implementadas, como ovitrampas e mapas de calor, que permitem identificar áreas críticas e agir com maior precisão.
“O uso da ovitrampa, que são as armadilhas para controlar as regiões, locais onde tem a presença do mosquito, principalmente porque, através dos ovos das fêmeas, a gente consegue identificar o uso do BRI e o trabalho com o mapa de calor estratificado. A gente consegue identificar em Feira de Santana qual região tem mais casos de dengue, de forma bem pontual. Então, essa estratégia de campo vem sendo aplicada de forma bem eficaz. O Ministério da Saúde tem diretamente acompanhado esse processo que tem sido feito em Feira de Santana”, concluiu.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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