Os associados da Coopertrafs, que fazem a integração do sistema de transporte coletivo em Feira de Santana, estão sem receber o repasse das empresas de ônibus há duas quinzenas. Eles querem a intervenção do poder público municipal para solucionar o impasse e já pensam até em retornar ao antigo sistema, onde as linhas eram independentes, segundo informou o presidente da entidade, José Vicente da Silva.
“ A categoria em apuros”, disse José Vicente, em entrevista ao Acorda Cidade na manhã desta quinta-feira (25), quando pediu “medidas urgentes e enérgicas” por parte dos órgãos municipais de trânsito, já que o poder municipal é o regulamentador do sistema. “Temos hoje 90% do pessoal com restrições no Serasa e SPC e com financiamentos dos veículos atrasados”, disse José Vicente.
Além do atraso no repasse do dinheiro, o presidente da Coopertrafs questionou também a ação de fiscalização da prefeitura. “Não somos contra a fiscalização, mas não concordamos com a retenção dos carros na Secretaria de Transporte e Trânsito”, disse o presidente, lembrando que antes o fiscal identificava o problema, mandava o carro parar para consertar e retornar em seguida. Segundo ele, com o carro retido não tem como resolver o problema.
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José Vicente disse que na campanha de Tarcízio Pimenta foi dito que a proposta era melhorar e ampliar o transporte alternativo. “Queremos saber o que está acontecendo, porque estamos quebrando”, afirmou, destacando que já esteve várias vezes com o prefeito para tratar dessas questões. José Vicente ressaltou ainda que o Sistema Integrado de Transporte (SIT) é bom, mas do jeito que está sendo operado seria melhor para o transporte alternativo voltar ao sistema original.
Madalena de Jesus
