Ciclismo

Constantes assaltos fazem aumentar procura por seguros para bicicletas em Feira de Santana

Ciclistas também estão aderindo ao uso do rastreador na bike.

Laiane Cruz

Assaltos a ciclistas têm se tornado um problema rotineiro para quem ama pedalar. Além do risco de exposição, os feirenses também se preocupam em trafegar por vias isoladas, com medo de assaltos. No município, muitos ciclistas também têm aderido aos seguros para garantirem a segurança do equipamento e pessoal.

A assistente financeira Márcia Soares Freire, por exemplo, pedala há cinco anos e participa de um grupo de pedal que tem entre 30 a 40 pessoas. Ela foi assaltada no dia 18 de janeiro quando ia se encontrar com o grupo na Avenida Getúlio e a bicicleta foi levada. Depois de conseguir recuperar o bem, ela resolveu colocar o equipamento no seguro, temendo novos assaltos.

“Eu estava sozinha, indo encontrar com o grupo na Getúlio Vargas, atravessando a pista do viaduto da João Durval, um rapaz a pé fingindo que estava ao telefone, me abordou, colocou a mão na sacola como se fosse sacar uma arma, fiquei nervosa, gritei muito, joguei a bicicleta no chão e corri. Ele pegou minha bicicleta e saiu pedalando, foi muito triste, eu fiquei muito nervosa e me senti bastante insegura, não tinha ninguém na hora”, relatou a ciclista.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Márcia Soares contou que está cada dia mais complicado pedalar em Feira. Segundo ela, as bicicletas são muito visadas e os ladrões roubam para vender por preços bem abaixo do valor do bem.

“Eu como ciclista, faço um apelo para as pessoas não comprem bicicleta sem a nota fiscal, porque graças a Deus, eu tive a honra de conseguir minha bicicleta de volta. Compartilharam muito, foi muito divulgado e me informaram que uma pessoa tinha comprado minha bicicleta por um valor irrisório, e eu cheguei até a pessoa e consegui minha bicicleta de volta. Quando você compra uma bicicleta que é cara por um valor irrisório, você acaba de uma certa forma incentivando o roubo, porque se os ladrões não tivessem para quem vender, não roubariam”.

Ela disse que já sabia da existência de seguros para bicicletas, mas nunca tinha aderido. Agora, deve fazer um seguro, para se sentir mais tranquila.

“Nós, que pedalamos, saímos de casa para encontrar o grupo em determinado ponto e de qualquer jeito ficamos vulneráveis. Estou bastante assustada. Para eu voltar a pedalar acredito que levará uns dias ainda, mas irei colocar a minha bicicleta no seguro, com certeza, eu acho que vale a pena sim.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O proprietário de uma loja de bikes, Marcone da Costa Casais, afirmou em entrevista ao Acorda Cidade, que é possível comprar uma bicicleta a partir de R$ 1.500 em média. Mas tem equipamento que chega a custar até R$ 100 mil a depender da marca dos acessórios e o material que é fabricado.

“Depende muito da qualidade da bicicleta, tem bicicletas que giram em torno de R$ 1.500, que é boa para se fazer um pedal tranquilo, e tem algumas que são de R$ 70 a 80 mil, até R$ 100 mil. O que muda de uma para outra é a qualidade dos componentes, qualidade do quadro, que pode ser de alumínio ou de carbono, a quantidade de marchas para poder facilitar no pedal. Então isso varia muito o preço da bicicleta e a marca dos componentes também”, explicou o empresário.

Segundo Marcone da Costa, normalmente as bikes com valor elevado são seguradas. Mas, é preciso ter a nota fiscal, pois o valor da nota é o que o proprietário vai receber caso haja algum sinistro.

“Esse valor do seguro é de 5 a 10% do valor da bike e as condições como ela vai ser usada. A procura aumentou bastante e o índice de roubo também. Existe uma preocupação das pessoas sobre que horas devem pedalar, quais são os dias que podem ir e isso tudo a gente passa as informações ao cliente, mas não quer dizer que não vai acontecer. Então é bom você se prevenir, não ir para lugares muito distantes e vazios, a depender do horário a Nóide Cerqueira também é perigosa, então tem que se ter a precaução para que não venha ser pego de surpresa”, salientou.

Ele falou ainda sobre a possibilidade de se colocar um rastreador na bike, um dispositivo que já vem sendo usado por alguns ciclistas. O importante é não perder os benefícios de pedalar.

“Pedalar hoje é o que há de melhor. Além dos benefícios físicos, vamos ter também a descontração e curtir o visual da cidade e dos lugares. De idoso a criança todos estão pedalando.”

Foto: Arquivo Pessoal

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
 

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