A equipe do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência fez uma visita a Câmara Municipal de Feira de Santana na manhã desta sexta-feira (12) para verificar a situação da acessibilidade com a reforma do prédio. A presidente do Conselho, Rosilene Oliveira Costa destacou que quem tem que testar a acessibilidade são as pessoas que têm deficiência.
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“A acessibilidade na nossa cidade é muito difícil, muitos cadeirantes têm cadeira elétrica e são muitas dificuldades. Aqui na Câmara com a reforma, está tudo muito bonito e com acessibilidade perfeita. Internamente está muito bom, mas no passeio não tem rampa. Isso a presidente da Câmara disse que é de responsabilidade da prefeitura”, disse.
A presidente Eremita Mota (PP), informou que irá oficializar a prefeitura sobre esse problema no passeio da entrada da Câmara Municipal. Outro ponto que a vereadora destacou, é a entrada com acessibilidade ser pela lateral do prédio. Ela esclareceu que o prédio da Câmara é uma arquitetura de patrimônio histórico e que não pode sofrer alterações.
“No prédio da Câmara existe a acessibilidade pela lateral, mas o passeio da rua eu não posso quebrar. A responsabilidade é da prefeitura. Outro ponto é a entrada do prédio, que eu não pude modificar, pois a arquitetura é patrimônio histórico, então fizemos pela lateral que é por onde os vereadores entram”, afirmou.
Eremita disse que está na Câmara Municipal há 20 anos e que sempre viu a dificuldade que as pessoas com deficiência tinham para acessar a Casa. Por isso sempre foi um desejo dela fazer essas mudanças e tornar o prédio acessível para todos.
“Um dia, um estudante disse que essa Casa não o representava e eu pensava que no dia que eu fosse presidente, iria abrir esse espaço para todos. Pensei nisso tudo e coloquei a entrada deles junto com a de todos para que eles se sintam iguais. A diferença de uma pessoa para outra sempre existiu, mas somos todos iguais”, destacou.
Eremita ainda disse que irá solicitar a gestão municipal que possa liberar a parada de carros no acesso da entrada da Câmara, pela rua Visconde do Rio Branco, já que atualmente se um carro parar ali, ele é multado, dificultando a entrada de pessoas com prioridade, como idosos e pessoas com deficiência.
O cadeirante Lamarque Olímpio de Oliveira Ferreira acompanhou a visita. Ele gostou das melhorias no prédio, mas também observou a dificuldade de acesso devido a falta de rampa no passeio que dá acesso à Câmara Municipal.
“Identificamos um problema na entrada, que não tem uma rampa. Quase que já danifiquei minha cadeira. Tem algumas problemáticas na cidade, que dificultam a nossa locomoção. O poder público precisa ouvir mais os cadeirantes. Os meio-fios são altos, a gente precisa pedir ajuda das pessoas, pois é impossível subir uma barreira tão alta quanto algumas que tem na cidade”, afirmou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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