Nesta quarta-feira (9), o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Feira de Santana realizou uma reunião com representantes de diversas associações para discutir as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência no município.
O encontro, que contou com a presença de entidades como a Associação de Pessoas com Anemia Falciforme e outros grupos, teve como foco principal realizar a avaliação das ações que o conselho tem promovido, principalmente no último mês, que celebrou o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, em 21 de setembro.
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Em entrevista ao Acorda Cidade, Rosilene Oliveira Costa, presidente do Conselho, destacou a importância da reunião para avaliar os resultados da sessão solene realizada recentemente na Câmara Municipal em defesa dos direitos das pessoas com deficiência, entre outras atividades.
“Hoje nós estamos fazendo uma reunião de avaliação do evento da sessão solene, que fizemos na Câmara Municipal, pela luta dos direitos da pessoa com deficiência e a participação do conselho na caminhada estadual da luta da pessoa com deficiência”, afirmou Rosilene.
Segundo a presidente, outros assuntos, que precisam ser debatidos, também foram colocados pelos participantes, como vagas na Defensoria para Atendimento à Pessoa com Deficiência, para que tenham direito à medicação.
Além disso, a reunião discutiu a questão da acessibilidade aos serviços da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), que, segundo Rosilene Oliveira, atualmente apresenta falhas no sistema de agendamento telefônico para o Passe Livre. Um ofício foi encaminhado à secretaria para resolver o problema. “Inclusive, a Semob, o secretário Sérgio Carneiro, encaminhou um representante e vamos conversar na reunião”, relatou.
Entre os principais temas abordados, a presidente também ressaltou os problemas corriqueiros que infelizmente estão presentes no dia a dia, relacionados a falta de mobilidade enfrentada por cadeirantes e pessoas com deficiência, devido à má conservação dos passeios, à falta de rampas adequadas e ao transporte público insuficiente.
Dentre as dificuldades, ela mencionou obstáculos nas ruas, que comprometem a acessibilidade, como rampas obstruídas por corrimões de ferro que impedem o acesso de cadeirantes, e problemas estruturais em prédios públicos que ainda não estão preparados para atender pessoas com mobilidade reduzida.
“A maior dificuldade da pessoa com deficiência é a mobilidade. Ônibus cheio, rampas inadequadas, passeios desnivelados, tudo isso faz com que as pessoas, especialmente os cadeirantes, disputem a rua com os carros, o que é extremamente perigoso”, acrescentou Rosilene Oliveira ao Acorda Cidade.
Ainda em entrevista, a presidente confirmou a elaboração de dois ofícios destinados para a Semob e a Defensoria Pública, visando melhorias na acessibilidade e a garantia dos direitos das pessoas com deficiência no município.
“Hoje vai sair daqui um ofício para a Defensoria, para ver vagas, porque as pessoas com fibromialgia e as pessoas com anemia falciforme precisam entrar na Defensoria para ter o direito delas garantido. Eu também não entendo por que, se eles têm deficiência oculta, precisam entrar na Justiça para garantir seus direitos, mas atualmente é assim, e não está tendo vaga para que eles possam acessar seus direitos”, afirmou.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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