Laiane Cruz
Conselheiros tutelares de Feira de Santana compareceram na manhã desta quinta-feira (19) à Câmara de Vereadores para pedir apoio acerca do reajuste salarial da categoria, que está defasado desde 2019.
De acordo com Laís de Castro Reis Lima, conselheira do Conselho Tutelar III, a categoria está exposta a riscos diários e espera chamar a atenção do poder público para melhorar as condições de trabalho e salário.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
“Nós estamos cobrando esse reajuste, porque somos uma classe que trabalha 24 horas em favor dos direitos de crianças e adolescentes, expondo nossas vidas ao risco, entrando em bairros tomados por facções criminosas, traficantes, e não hesitamos, quando somos chamados. Estamos aqui na Câmara de Vereadores, pedindo apoio dos vereadores, para entrarem conosco nessa luta, para reajustar esse piso”, afirmou.
Laís de Castro Reis informou que atualmente o conselheiro tutelar ganha em Feira de Santana o valor de R$ 1.384, 45. “Não temos nada mais além disso, como adicional noturno, insalubridade, periculosidade, devido ao risco que a profissão nos coloca. Estamos aqui para chamar a atenção do poder judiciário e executivo para chegar junto conosco. Qualquer criança que esteja em situação de risco e vulnerabilidade social, o Conselho Tutelar chega até essa criança, para que tenha seus direitos garantidos.”
Ela ainda lamentou o fato de o papel do Conselho Tutelar ainda ser pouco conhecido pela sociedade e alvo de preconceito.
“A sociedade não sabe qual o real papel do Conselho Tutelar, então a sociedade critica, não entende, e faz julgamentos precipitados. Então faço um convite à sociedade para que conheça a nossa sede, nosso trabalho, nossa realidade. Não temos estrutura, essa também é uma realidade. Nossas sedes não têm estrutura física. Os conselhos III e IV estão com as sedes depredadas, com umidade, paredes com infiltração.”
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Em Feira de Santana existem quatro Conselhos Tutelares divididos em duas sedes. Cada conselho possui cinco conselheiros.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade