Feira de Santana

Conjunto Penal de Feira de Santana abre edital para empresas contratarem mão de obra carcerária

Dentro do presídio regional serão criadas áreas industriais, e as empresas vão capacitar e contratar essa mão de obra a um preço de custo muito baixo.

Laiane Cruz

O Conjunto Penal de Feira de Santana está em fase de implantação de um projeto de ressocialização dos presos, oferecendo a eles a oportunidade de trabalhar dentro da unidade carcerária.

De acordo com o diretor do Conjunto Penal, capitão Allan Araújo, já foi feito um chamamento público para que empresas interessadas em contratar essa mão de obra façam suas propostas.

“Esse projeto em que um preso pode ser inserido nesse mercado de trabalho carcerário tem por objetivo melhorar o desenvolvimento pessoal e a inclusão social, porque o preso vai passar por uma capacitação, será submetido a um trabalho diário e certamente quando sair da unidade prisional terá um campo a ser explorado”, explicou o capitão Alan Araújo.

Ele informou que dentro do presídio regional serão criadas áreas industriais, e as empresas vão capacitar e contratar essa mão de obra carcerária a um preço de custo muito baixo. “Os presos que participam do projeto recebem uma remuneração de até ¾ do salário mínimo, que serão realocados para os seus familiares. Existem leis que dão suporte a esse tipo de projeto, e os trabalhadores não terão vínculo empregatício com as empresas.”

O capitão avalia que há benefícios para as empresas que participarem, pois existe a questão do vínculo ao trabalho social a que a empresa deve ser submetida, para valorizar sua marca, e também o lado financeiro, pois os encargos são reduzidos e não tem vínculo empregatício.

Sobre a questão da segurança, o diretor do conjunto penal disse que as empresas serão submetidas a um rigoroso controle de segurança e o reeducando passará por uma equipe multidisciplinar.

“Nesse contexto não colocaremos, por exemplo, um preso de grande periculosidade. O perfil será preenchido por aquele preso que realmente quer melhorar e quer sair dessa condição de preso. Nós temos prédios, construções e áreas livres onde podem ser colocados galpões a depender do ramo da atividade”, acrescentou o capitão.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
 

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