Feira de Santana

Conheça decorações natalinas em residências abertas para visitação

A tradição de decorar a casa e montar presépios ainda vive em muitos moradores feirenses que transmitem o sentido do Natal para familiares e visitantes.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

A magia do Natal representa um tempo de acolhida, amor ao próximo e reflexão a respeito do verdadeiro sentido desta data tão importante para muitas pessoas. Na cidade de Feira de Santana isso não é diferente. Podemos encontrar o espírito natalino em residências de feirenses que não abandonam a tradição anual de decorar suas casas e transmitir essa essência para mais pessoas.

A aposentada, Nilda Isabel Santana, moradora da rua Castro Alves, decora a sua residência há 15 anos.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Eu tinha uma irmã que ornamentava a casa dela e ficava a coisa mais linda, aí eu quis fazer aqui também”, relembrou.

A decoração completa fica pronta em 15 dias. “Eu começo a decorar no dia primeiro de novembro, porque tem que ficar no mínimo dois meses. E no dia 15 de novembro acendo as luzes”, contou.

Decoração

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

A casa de dona Nilda está toda enfeitada aguardando o Natal. “Aqui tem muitas luzes, Papai Noel, anjos, árvores, tudo o que se refere ao Natal, o que puder colocar eu estou colocando”, descreveu.

A partir do dia 7 de janeiro, após o Dia de Reis, a decoração pode ser retirada, relatou a aposentada. “Temos que esperar o Dia de Reis, e dizem que a decoração só pode ser retirada após essa data.”

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Nilda Isabel contou ao Acorda Cidade que a alegria pelo nascimento de Jesus não pode faltar em meio aos festejos.

“Eu gosto de festa, de gente, minha casa só anda cheia. Todo fim de semana, todo sábado, meus filhos, minhas noras, minhas netas, todo mundo fica aqui em casa. Neste ano, os dois dias do Natal serão aqui na minha casa, geralmente era só um dia, mas neste ano serão os dois dias, se Deus quiser”, contou.

A palavra que resume o significado da decoração de Nilda é amor. A aposentada relatou que é maravilhoso poder possibilitar bons momentos para as pessoas.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Muitas pessoas passam aqui pela noite, abro a porta para tirarem fotos. Os adultos olham entusiasmados, e as crianças correm, abraçam o Papai Noel, querem tirar fotos. Para mim é uma felicidade receber visitantes”, pontuou.

Quem deseja conhecer essa linda decoração, pode visitar a casa de dona Nilda localizada na rua Castro Alves, nº 247. A partir das 18h às 22h.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Presépio

Sabemos que faz parte da tradição de muitas famílias se reunir e decorar a casa para uma data tão especial. E dentre as inúmeras possibilidades de ornamentos, o presépio é um dos mais especiais, principalmente para os cristãos, porque simboliza o nascimento de Jesus, o Cristo.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

A funcionária pública, Eleonora de Farias Rodrigues, conhecida como Lora de J Sobrinho, monta seu presépio há 13 anos.

“O presépio começou bem pequenininho e hoje é um presépio de mais de quatro metros”, disse.

Eleonora ressaltou ao Acorda Cidade que a ideia de montá-lo foi mostrar para as pessoas o verdadeiro Natal.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Hoje o Natal está modificado, hoje Natal é Papai Noel, é presente, é Shopping. E na verdade o Natal é o nascimento do Senhor Jesus. O Natal que eu me refiro é o Natal de família, de amor, de entrega, é o Natal da gente tá junto, o Natal é de um Jesus que se humanizou e a partir desse momento todos se humanizaram. Porque, se ele se fez homem, todos nós podemos ser chamados de irmãos de Jesus, filho de Deus,” destacou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Tradição de gerações

Eleonora contou que acredita que o presépio não está extinto.

“Ainda tem pessoas que possuem essa tradição, e muitas pessoas que vem aqui visitar dizem que a vó fazia e uma tia continuou. Aqui eu já estou preparando a minha neta para quando eu morrer ela continuar também a tradição do presépio”, revelou.

Eleonora relatou que um presépio precisa relatar o nascimento do Senhor Jesus em meio aos animais e a uma pobreza extrema.

“O presépio foi uma ideia de São Francisco de Assis, no ano de 1223 que teve essa genial ideia lá na Itália. Naquele tempo as pessoas não sabiam ler, então ele dramatizou e foi uma experiência fantástica”, contou.

O presépio de Eleonora possui três partes: Nazaré, Belém e Egito.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Meu presépio possui a parte de Nazaré, seguindo o Evangelho de Lucas e de Mateus, até Belém. E tem a parte do Egito que foi quando Jesus foi perseguido quando criança por Herodes que queria matá-lo, então eles fugiram para o Egito. Nazaré onde aconteceu a anunciação, Belém onde aconteceu o nascimento e Egito foi o local escolhido para escapar da morte”, explicou.

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Eleonora disse ao Acorda Cidade que todos acham lindo o presépio. “Neste ano nós projetamos uma Belém do tempo de Jesus, eu pesquisei muito na Internet, as casinhas que nós confeccionamos para o meu presépio são como as do tempo de Jesus”, afirmou.

O trabalho maior é preparar as peças, já a montagem é mais rápida, informou a funcionária pública.

“Para montar o presépio montamos em cinco ou seis horas. E a parte estrutural quem faz é o meu marido, que é a parte de montar a estrutura do presépio”, disse.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O marido de dona Eleonora, J Sobrinho, farmacêutico e Biofísico, compartilhou com o Acorda Cidade que o trabalho maior é a montagem da estrutura.

“A ideia do presépio em si foi dela, mas eu aderi, porque venho de uma família do interior de Pernambuco que possui essa tradição. Para construir eu fiz o trabalho de carpintaria mesmo, quando começo a fazer a estrutura, que é o meu trabalho maior, levo uns dois dias para fazer isso, mas fica resistente. Geralmente começamos a fazer em novembro, mas neste ano, atrasou um pouco, até por conta de outros presépios que ela ajuda a montar na igreja do Sobradinho, na feirinha, e na Paróquia São Francisco, na Gabriela, e a gente deixou o nosso por último”, relatou.

A intenção é manter a tradição.

“A tradição é queimar a lapinha, mas nós não a queimamos. Se fizermos essa queima é só da parte de papel. Nós desmontamos o presépio no dia 06 que é o Dia de Reis. Nós fazemos esse presépio por conta da nossa origem, e essa perpetuação se dá quando passamos para as crianças. Por isso, quando convidamos as pessoas para virem visitar o presépio nós pedimos que tragam os filhos, netos, crianças, para passarmos essa ideia a eles. E se eles assimilarem vão crescer com essa ideia. E a única maneira de perpetuar a tradição é passando para as gerações que vão chegando”, destacou.

Significado

O presépio significa uma alegria muito grande, ressaltou a funcionária pública.

“A motivação de eu fazer o presépio foi para ensinar aos meus netos o que era o Natal, então eles aprenderam. Tem uma peça no meu presépio, que eu amo de paixão, que é de um cavalinho, que não tem nem rabinho, adorando Jesus. Esse cavalinho foi do meu neto que nos deu no primeiro presépio que confeccionamos. Ele tem um significado muito grande, coisas simples, bobas, mas que para Jesus é muito importante”, salientou.

Visitações

Eleonora relatou que a mensagem que um presépio deixa é de paz e fraternidade.

“As pessoas podem visitar, temos a alegria de receber visitas e contar a história, eu amo. Mesmo que eu não esteja em casa, como fizemos o presépio na varanda da nossa casa, as pessoas podem ver pela grade tranquilamente”.

O presépio de Eleonora e J Sobrinho está localizado na residência do casal na rua Pero Vaz, nº 105, bairro Sobradinho.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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