Em frente a prefeitura

Condutores realizam protesto em Feira de Santana contra blitze do IPVA

Os condutores consideram as blitze abusivas e na opinião deles, elas prejudicam os trabalhadores.

Rachel Pinto

Um grupo de condutores se reuniu em frente a prefeitura na manhã desta quinta-feira (17) em Feira de Santana, para protestar contra as blitze que fiscalizam o pagamento d o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) na cidade.

Os condutores consideram as blitze abusivas e na opinião deles, elas prejudicam os trabalhadores.

O vigilante Wesley Bacelar da Silva Bento disse ao Acorda Cidade que muitos condutores estão desempregados, passando por dificuldades devido a pandemia e por esses motivos não conseguem pagar o licenciamento dos veículos. Ele relatou que quando um veículo é apreendido em uma blitz de fiscalização do IPVA, o condutor tem que pagar as taxas do guincho, pátio e ainda regularizar a situação do veículo. Na opinião dele é uma grande burocracia.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“A gente quer ter o direito de ir e vir em paz. Porque a gente está sofrendo com essas blitze. Muitos estão aqui desempregados, outros tentam trazer uma renda para a sua casa, fazendo delivery, motoboy e estão sendo impedidos pela polícia. A polícia está fazendo as blitze, não temos nada contra a polícia, mas contra quem está dando as ordens para ela. As pessoas estão recebendo o auxílio emergencial e mal dá para manter a casa. Aí a gente tenta trazer alguma renda para dentro de casa como os nossos veículos e somos impedidos. Queremos solução, uma liminar para proibir essas blitze do IPVA em Feira de Santana”, declarou

Wesley sugeriu ainda que durante as blitze, ao ser comprovado que os veículos estão com o licenciamento atrasado, o condutor receba uma notificação e tenha no mínimo um prazo para regularizar a situação.

“O cidadão tem o direito de tentar regularizar o seu veículo e as autoridades deveriam procurar outra forma para lidar com o povo para ajudar. Enviar uma notificação, dando um prazo para a pagar. A gente vem programando essa manifestação há uns dois meses, tentamos manter contato com o prefeito, mas não tivemos resposta e a gente resolveu  vir à prefeitura porque o prefeito é responsável pela cidade”, disse.

O serralheiro Jonas Rodrigues contou que está com o licenciamento do veículo atrasado dois anos e a dívida está em 2 mil reais. Ele frisou que não tem condições de pagar o imposto do carro e utiliza o veículo para trabalhar, carregar ferros e portões e com essa atividade ele sustenta a família.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Não é uma blitz para combater o crime. É para perseguir os trabalhadores. Eu sempre fico esperto para não perder meu carro porque ainda não tenho condições de pagar o licenciamento. Dependo desse carro para sobreviver”, declarou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
 

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