Danillo Freitas
Na sessão desta terça-feira (5), o vereador David Neto (DEM), voltou a pedir a anulação da licitação para contratação da empresa que realizará o concurso público da Câmara de Feira de Santana. De acordo com o democrata, a MSM Consultoria, que venceu o certame, já foi envolvida em várias irregularidades nos últimos anos.
David cobrou que o presidente da Casa, Ronny Miranda (PHS), não assine o contrato com a empresa mineira. Neto citou uma operação da Polícia Federal em Ibatiba-ES que tinha por objetivo apurar ilegalidades em concursos e realizou busca e apreensão na MSM Consultoria.
Ao Acorda Cidade, Neto falou que caso o parecer da presidência da Câmara seja favorável ao concurso vai protocolar ação contra a Câmara de Feira de Santana.
Por sua vez, Ronny Miranda informou que não vai homologar o resultado da licitação e aguardará uma possível representação no Ministério Público Estadual feita pelo vereador David Neto. Ronny disse ainda que o setor jurídico da Casa vai realizar as apurações necessárias sobre as supostas irregularidades cometidas pela empresa mineira.
Em nota enviada ao Acorda Cidade, a MSM Consultoria informa que não foi envolvida em várias irregularidades nos últimos anos, sendo tão somente denunciada em hipotéticas irregularidades.
A empresa, que tem sede na cidade mineira de Teófilo Otoni, diz que denúncias ou até mesmo ações judiciais são normais no âmbito do serviço público, tendo em vista a conotação política dada aos concursos públicos. A empresa falou também que no caso da cidade capixaba citada não ocorreu nenhuma condenação da MSM por crime atentatório à administração pública ou por prática de atos de improbidade administrativa, tanto da empresa quanto de seus dirigentes.
A MSM afirma ter cumprido com todas as exigências do edital de licitação, não vislumbrando qualquer motivo para uma possivel anulação do certame.
Concurso anterior
Em 2013, David Neto também ameaçou protocolar uma representação no Ministério Público pedindo a suspensão do concurso da Câmara Municipal. Na oportunidade o edil questionava a idoneidade da empresa que organizava o concurso. Relembre o caso.