Roberta Costa
Na manhã desta segunda-feira (20), a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Feira de Santana, Conceição Borges, esteve no Programa Acorda Cidade para responder as críticas feitas pelo trabalhador rural Francisco de Jesus Rodrigues, conhecido como Dinho do Caroá, no dia 02 de junho de 2011.
Conceição Borges afirmou que Dinho deve respeitar os trabalhadores rurais e sua função, pois o sindicato age com autonomia e liberdade. “Somos donos do sindicato sim, pois pagamos o sindicato. Dinho perdeu esse direito quando parou de pagar.” Ela acrescentou que Dinho não está presente nas discussões do sindicato e por isso não tem propriedade para falar sobre o que acontece na instituição, “concretamente ele não disse nada”.
Segundo Dinho “atualmente não temos mais dirigentes do sindicato, mas sim donos do sindicato. eles se envolveram muito com a política partidária e esse envolvimento alienou o sistema, criando divergências internas. hoje temos duas federações, e com isso, quem se fortalece é o governo que alimenta as duas, assim ninguém atropela ele. o que o sindicato ajuda é só na questão previdenciária. não se discute no sindicato uma agricultura mais moderna, nem se faz um esforço para que os órgãos competentes assumam a responsabilidade com o trabalhador rural. nossa região não tem produção organizada, não tem um modelo pré-definido. a maioria dos trabalhadores não sabe nada da atividade econômica, não sabe como melhorar a renda familiar, como fazer dias melhores para ele e para a sua família”.
“Fomos nósque identificamos o desgaste do solo com a baixa produtividade e estamos buscando técnicas de melhorar o solo junto com a Ebda (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola)”, afirmou Conceição.
Na oportunidade, ela falou sobre os programas de assistência do Governo para o trabalhador rural. “Não se resolve agricultura só com água para todos, mas com água para tudo. Não temos um programa de desenvolvimento para a zona rural. Precisamos de água para produzir, para que a gente possa melhorar a qualidade de vida do homem do campo. Mas, é bom que Dinho saiba que o sindicato não é alienado”, concluiu.