Feira de Santana

Comunidade do Parque Brasil pede solução para campo de futebol usado em descarte irregular de lixo

O professor de futebol José Roberto de Jesus, conhecimento como Roberto Caçamba, era responsável pela competição e dava aulas a quase 100 crianças da comunidade no campo.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Moradores do bairro Parque Brasil, em Feira de Santana se reuniram na manhã desta sexta-feira (19) para protestar e pedir solução à Secretaria de Meio Ambiente do município, contra a degradação de um terreno, que está sendo utilizado como local de descarte irregular de lixo e materiais inservíveis.

O local há muito tempo era utilizado pela comunidade como campo de futebol e outras práticas esportivas com crianças e adolescentes em vulnerabilidade social. Eram realizadas ações sociais por associações da comunidade, igrejas e até mesmo campeonatos de futebol, que atraiam moradores de outros bairros. No entanto, com a pandemia, começou a ser usado por carroceiros, que passaram a jogar lixo e entulhos de forma irregular, além de fazerem escavações.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Em entrevista ao Acorda Cidade, o morador Jeter Nascimento afirmou que todo domingo tinha jogo no campo, mas depois começaram a destruir tudo.

“Acabaram com o campo. E outra preocupação nossa é com a chuva. Se isso aqui encher novamente vai prejudicar toda a população do bairro. Cavaram e fizeram uma cratera enorme, a gente fica com medo da dengue e chikungunya. A gente aqui também não sabe quem é o dono, e a prefeitura tem que tomar uma providência”, protestou.

Outro morador disse que já foi à secretaria de Meio Ambiente , mas até agora nada foi feito para resolver a situação do terreno.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O professor de futebol José Roberto de Jesus, conhecido como Roberto Caçamba, era responsável pela competição e dava aulas a quase 100 crianças da comunidade no campo.

“Nosso campeonato dava quase 300 pessoas, foram sete anos. Alguns atletas saíram daqui, como Natalia, que está no sub-17 do Fluminense, no Rio de Janeiro. E hoje, o campo está nessas condições. A pandemia chegou e invadiram o local, e é rato, barata, invadindo nossa casa, a gente não tem uma solução pra isso”, lamentou.

O pastor Adailton Silva de Matos destacou que a igreja onde atua mantém um trabalho social com uma associação, mas eles não estão mais realizando as atividades com a crianças e os jovens, no campo de futebol.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Agora está se tornando lugar de entulho, terra, e o mato cresceu. Nós não temos mais uma área de lazer para ajudar a comunidade e tirar da criminalidade”, reclamou.

A reportagem entrou em contato com o Setor de Limpeza Pública do município e aguarda um posicionamento sobre o que será feito do campo.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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