Foi realizado nesta sexta-feira (19), o lançamento de um projeto-piloto de piscicultura no Conjunto Penal de Feira de Santana. O Projeto chamado Fênix prevê uma unidade demonstrativa de piscicultura em sistema de recirculação de água integrado à produção de hortaliças e suinocultura já existentes no Complexo de Feira. Inicialmente, 40 dos 1.735 detentos serão capacitados para produzir aproximadamente uma tonelada de tilápias a cada ciclo de sete meses.
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O secretário estadual de Administração Penitenciária, José Castro, explicou que o Projeto Fênix tem o objetivo de ressocialização dos internos e afirmou que esse projeto deve ser ampliado.
“A ideia desse projeto é que seja uma política pública permanente, capacitando esses internos e também ampliando o nível de capacitação para quando eles saírem terem oportunidades de emprego. A princípio serão 40 presos atendidos, pois ainda não temos a capacidade de atender mais internos, mas o projeto é piloto e vamos ampliar aqui e em outras unidades prisionais da Bahia”, destacou.
Segundo o secretário, o projeto vai gerar quase 5 toneladas de tilápia, que vão ser fornecidas ao programa Bahia Sem Fome. O critério para a escolha dos detentos que vão participar é o bom comportamento.
“O diretor da unidade junto com a equipe faz o levantamento, observa o histórico deles. Eles vão cumprir a pena e vão sair do presídio, queremos que eles sejam reinseridos na sociedade. Esse projeto gera remição de pena e a cada três dias de trabalho, significa um dia a menos de pena para ele. Temos que fomentar projetos de educação”, destacou.
O presidente do Bahia Pesca, Daniel Victória, falou sobre a parceria nesse projeto. Segundo ele, os detentos inicialmente vão aprender todo o processo de manejo do pescado.
“Esse projeto é muito bacana, muito diferente, são três tanques de 50 mil litros que vão produzir pescado. A intenção é a ressocialização, pois sabemos toda a dificuldade do apenado após seu ciclo penal de se inserir no mercado de trabalho, então é um projeto de qualificação. O mercado da piscicultura (produção de peixes) está em crescimento e esse é um projeto pioneiro”, afirmou.
Centro de Treinamento
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Durante a manhã de hoje também foi apresentado um Centro de Treinamento, onde os agentes penitenciários vão treinar. O local recebeu o nome do Policial Penal Ciro André Dias Cerqueira, que morreu assassinado quando estava indo para igreja em Irará, onde morava. A mãe dele, Sabina Dias dos Santos, esteve presente na solenidade, onde agradeceu a homenagem e também cobrou por justiça.
“Recebo essa homenagem com grande alegria e estaria mais feliz ainda se nós já tivéssemos tido uma resposta dessa situação. Mas sou grata por essa homenagem. Ele morava em Irará e foi assassinado quando estava indo para igreja. Fica aqui o apelo de uma mãe, pois precisamos de uma resposta e eu creio que ela virá”, afirmou.
Ampliação do sistema de abastecimento de água
Outro projeto apresentado nesta manhã foi a ampliação do sistema de abastecimento de água. O secretário estadual de Administração Penitenciária, José Castro, afirmou ao Acorda Cidade que fez um termo de cooperação técnica para a perfuração de poços em todas as unidades prisionais da Bahia.
“Eu fiquei assustado com o valor que gastava com água e energia, então pensamos nessa ideia. Vai ter uma estação de tratamento e a água vai ser para consumo humano e também para a horta aqui no conjunto penitenciário de Feira”, informou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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Tem botar o preso para trabalhar isso e fato , boa iniciativa.
É o que falta ao apenado: trabalho, que ocupa a mente e o tempo e traz dignidade ao ser humano. Precisa tb de escolas, cursos profissionalizantes e aplicar uma disciplina mais rigorosa aos que pagam pelos seus crimes.
Toda infraestrutura do mundo para oferecer conforto, melhorias e dignidade humana aos Criminosos, enquanto isso o trabalhador honesto, pais de família, o povo do bem passando dificuldades aqui fora.
O crime compensa!
Verdade