Rachel Pinto
O comércio de Feira de Santana já está enfrentando redução no movimento em virtude do risco de contaminação do novo coronavírus (Covid-19) e da confirmação de cinco casos na cidade. A recomendação de isolamento social por parte das autoridades, por meio de decretos, está fazendo com que muitas pessoas deixem de ir às compras e empresas de vários segmentos já começam a registrar quedas nos lucros.
Júlio Bispo Santana é proprietário de um estacionamento no centro da cidade e declarou em entrevista ao Acorda Cidade que o estabelecimento antes recebia uma média de 60 carros por dia, e agora esse número reduziu pela metade. Segundo ele, o movimento está muito fraco e diante de toda a realidade, como a suspensão de aulas e vários serviços, ele não faz ideia de como essa situação vai ficar.
“Estamos entregando a Deus para ver o que vai dar acontecer. Estou assustado porque as contas estão chegando”, afirmou.
Vânio Santos, que é gerente de uma delicatessen, avaliou que o movimento caiu cerca de 70%. Ele relatou que até então o funcionamento está normal e espera que a pandemia passe logo.
“O comércio caiu muito. Estamos chamando por Deus. Vamos sentar, traçar e ver o que vamos resolver diante dessa situação”, pontuou.
Rosenildo Almeida Cruz, gerente de um supermercado, considerou o movimento estável e informou que a grande procura dos clientes é pelo álcool gel e principalmente por alguns itens não perecíveis que podem ser estocados como arroz, feijão e biscoitos.
“O álcool gel está em falta há uma semana e estamos esperando chegar. Mantivemos o mesmo preço de R$12,98. Os clientes estão levando alguns produtos para estocar com medo de que as transportadoras parem, as vias fechem e isso impacte na compra de alimentos”, informou em entrevista ao Acorda Cidade.
O que diz o sindicato
O presidente do sindicato do comércio, José Carlos Morais Lima, declarou que acompanha a situação do enfraquecimento do comércio na cidade e de acordo com ele, o segmento está seguindo as determinações dos órgãos que controlam a saúde no município e no estado para garantir a segurança dos colaboradores.
“O movimento caiu assustadoramente no comércio. Só os supermercados que estão lotados, com pessoas querendo estocar alimentos, mas acredito que não há essa necessidade no momento”, finalizou.
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Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.