Feira de Santana

Comerciantes do Shopping Popular realizam novo protesto contra taxas do empreendimento

Os manifestantes se concentraram no local no início da manhã, e de lá, com faixas e cartazes, saíram em protesto para as Avenidas Getúlio Vargas, Senhor dos Passos e JJ Seabra.

Laiane Cruz

Os comerciantes do Shopping Popular Cidade das Compras, situado ao lado do Centro de Abastecimento, em Feira de Santana, realizaram mais uma manifestação na manhã desta quinta-feira (21), em protesto contra o valor das taxas de aluguel e condomínio que são cobradas pelo empreendimento.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

Os manifestantes se concentraram no local no início da manhã, e de lá, com faixas e cartazes, saíram em protesto para as Avenidas Getúlio Vargas, Senhor dos Passos e JJ Seabra, em direção à Câmara Municipal de Vereadores, onde participam da sessão.

Por conta da mobilização popular, o trânsito em algumas ruas do centro da cidade ficou congestionado.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

A comerciante Jocineia Ribeiro informou em entrevista ao Acorda Cidade que o objetivo dessa nossa manifestação é chamar a atenção do prefeito Colbert Martins e a retirada dos valores de aluguel dos boxes, que consideram altos.

“O aluguel é R$ 400 e tem mais R$ 200 que a gente paga de taxa de condomínio. Então a gente precisa que ele tire essas taxas para a gente trabalhar, porque a gente não vende para poder cobrir esse compromisso. Está todo mundo inadimplente”, afirmou a vendedora.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

Segundo ela, ontem (20), houve uma reunião com alguns secretários municipais para tentar resolver essa demanda, porém nada ficou decidido. “Sempre tem reunião e não resolve nada, porque continuam as cobranças, e a gente continua sem pagar, pois sem condições de vendas não têm condições de pagamento.”

Outra comerciante, que se identificou apenas como Antônia, informou que ontem os comerciantes receberam uma notificação de cobrança e caso eles não efetuem o pagamento serão despejados até o final do mês. “A reunião não resolveu nada, porque eles não dão uma posição do que vão fazer com a gente.”

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

Orlando Dias lamentou o fato de ter trabalhado durante 18 anos como camelô na Rua Sales Barbosa, e depois ter sido levado para o Shopping Popular.

“Agora estamos nessa aí. O nosso objetivo é rever esse valor absurdo, que não dá pra gente não. Meu aluguel é R$ 580 e não temos vendas lá. Ontem eu não vendi uma peça, vendo confecções masculino e feminino. Está difícil”, reclamou.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

Outro proprietário de box, conhecido como Gargamel, do lojão Gargamel Variedades, declarou que os permissionários estão passando necessidades, porque o shopping não tem movimento e têm dias que ele e outros comerciantes não vendem nada.

“O prefeito disse que ali ia ser o shopping dos camelôs, mas foi mentira dele. Ali é simplesmente um galpão do Elias Tergilene. Então ele está cobrando uma taxa muita cara, que não deveria cobrar. Queremos que ele baixe o preço do condomínio, que ninguém aguenta pagar. O meu box é de 3 metros, pago R$ 432. Quem tem cinco metros paga R$ 596. Eu vendo sandálias, roupas, de tudo um pouco. O movimento lá não vende nada. Eu estou na Rua 4, box 439, não vende nada. Disseram que iam botar uma casa lotérica lá dentro, mas a coisa lá está difícil. O povo está passando fome. Colbert Martins sabe da nossa situação, mas não faz nada. Queremos que ele abrace o camelô, que é cadastrado pela prefeitura”, protestou.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

 

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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