Feira de Santana

Comerciantes do Shopping Popular Cidade das Compras voltam a reclamar do fraco movimento

Eles afirmam que sem clientes, fica difícil honrar com os compromissos

Gabriel Gonçalves

Não é de hoje que os comerciantes do Shopping Popular Cidade das Compras, estão insatisfeitos com as condições de trabalho dentro do espaço. No último dia 1º de outubro, um protesto chamado 'Grito dos Camelôs', foi realizado no centro de Feira de Santana, com o objetivo de reivindicar a redução de taxas do empreendimento. O movimento é muito fraco e chega a ficar vazio em muitos momentos.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade
 

Para Fernanda Silva, que possui um boxe dentro do empreendimento, o custo está sendo alto para manter a loja aberta, sem ter retorno nenhum.

"A situação da gente aqui é lamentável. A gente não vende nada, e desse jeito não tem condições nenhuma para pagar boletos de R$ 568, porque eu abro a loja aqui 8h e fecho às 16h, mas nenhuma peça é vendida. Eu dependo de transporte público para vim e para ir para casa, tem alimentação e sem movimento de clientes, a situação só piora a cada dia", lamentou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade
 

Ainda segundo Fernanda, a divulgação que foi prometida pela gestão do empreendimento não está sendo feita.

"Eles querem cobrar um valor absurdo, querem cobrar divulgação que não está tendo, disseram que iria ter um banco 24h mas não tem nenhum caixa eletrônico aqui. Tem período aqui eu não vendo R$ 1 e ainda querem cobrar taxas que segundo eles, é para FGTS de funcionário, material para o escritório, e que não tem vínculo nenhum com a gente. Acredito que seria necessário pagar os produtos de limpeza, segurança, água, energia e realmente eu não posso deixar de comer para pagar um boleto desse valor", disse.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade
 

No próximo mês, a comerciante Jéssica Lima completa 1 ano trabalhando no Shopping Popular. De acordo com ela, o que minimiza as dificuldades, são as vendas feitas através das redes sociais.

"Eu cheguei aqui em novembro do ano passado, já vai completar um ano e o movimento continua do mesmo jeito, sempre fraco e a gente não vende nada aqui. O boxe fica aqui no subsolo, não tem movimento e eu tenho que vender meus produtos pelo Instagram, é o que está ajudando. Mas eu sei que muita gente não consegue fazer dessa forma como eu faço e se torna mais difícil ainda para aquelas pessoas que não estão tendo as vendas", afirmou.

De acordo com Matheus Borges, mesmo que haja vendas durante o dia em sua loja, não pode garantir que o mesmo movimento vai se repetir no dia seguinte.

"O movimento aqui infelizmente está muito devagar. Você vende hoje e não sabe que dia vai vender novamente, porque o movimento está muito fraco e não temos condições nenhuma de continuar pagando esse dinheiro todo que eles estão nos cobrando. Não há nenhuma divulgação sequer, nunca vi passar na televisão, acredito que só passou uma vez no rádio, mas o movimento continua fraco", disse.

Ainda segundo o comerciante, o empreendimento ainda não está 100% concluído e está faltando a instalação da escada rolante e dos elevadores.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade
 

"Até a própria segurança aqui do Shopping está fraca, ainda falta terminar algumas coisas como o elevador que não colocaram, a escada rolante, alguns boxes nem foram entregues ainda, disseram que teria uma Casa Lotérica, o espaço até está ali, mas até hoje nunca foi instalada. Recentemente colocaram um boxe do Bolsa Família. A gestão precisa trazer algo que seja atrativo para que a população possa vim, mas infelizmente nenhuma estratégia foi colocada", concluiu.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
 

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