Laiane Cruz
Donos de lojas do calçadão da Rua Sales Barbosa estão preocupados com a pouca movimentação de pessoas, devido ao isolamento do prédio do Edifício Sarkys, que ameaça desabar.
O comerciante Frederico Barbosa, que tem uma loja do seguimento de calçados próximo ao local do isolamento, falou sobre essa situação.
“O movimento caiu muito. Não tem pessoas passando, porque a Sales Barbosa foi totalmente fechada e as pessoas estão passando por outra via, então mais da metade da Sales está sem circulação. O comércio vive de pessoas passando na frente, e a gente sentiu muito. Os lojistas sentiram bem o impacto do prédio, mesmo as lojas não estando fechadas. As vendas caíram muito”, afirmou.
A gerente de um Centro Médico, que funcionava nos andares superiores do Edifício Sarkys, Daiana Sampaio, acredita que o afundamento do edifício foi provocado pelo vazamento de um cano da Embasa.
“Quando aconteceu a fissura no prédio, que os camelôs nos procuraram e mostraram vídeos, disseram que esse vazamento já estava acontecendo há bastante tempo, e há pelos menos três meses ficava minando essa água do solo pela madrugada. Quando a gente chegava essa água já tinha sumido praticamente, ficavam umas poças, mas o afloramento do solo não. Eu não sou engenheira, mas eu acredito que como essa água estava minando de uma forma muito forte, pelos vídeos que a gente tem, acredito que pode ter assoreado o solo por baixo”, afirmou a gerente.
Segundo ela, na sexta-feira, a fissura tinha 2 milímetros, no sábado já tinha quase dois centímetros. “Sábado de tarde eles foram consertar o vazamento e desde então parou de crescer essa fissura”, disse.
O superintendente da Embasa, Raimundo Neto, destacou, em entrevista ao Acorda Cidade, que ainda não é possível vincular o vazamento com o risco de desabamento do prédio.
“A Embasa tomou conhecimento de um vazamento que ocorreu na Rua Sales Barbosa, nas imediações da Avenida Getúlio Vargas, e logo fechamos a rede que abastecia o local e executamos o serviço. Trata-se de uma rede de pequeno diâmetro, que atende parte da Sales. Desde então a Embasa vem acompanhando e dando todo o apoio necessário, tanto à prefeitura municipal, quanto a Defesa Civil, de forma contínua. Nós não temos ainda como vincular o vazamento ao problema, apenas estudos técnicos mais detalhados poderão dar uma resposta às causas ou a causa principal.”
O coordenador da Defesa Civil, Pedro Américo Lopes, informou que ontem (20), a prefeitura iniciou o trabalho de sondagem do solo no entorno do edifício Sarkys.
“Esse é o ponto mais importante. Tudo que a gente fez durante esses dias, a gente tem a vantagem da paralisação do processo do recalque e da movimentação do prédio, que não ocorreu mais. Essa sondagem não só é um fator importante para determinar a origem, mas também para saber qual o tipo de solução vai ser tomada do ponto de vista técnico para ancorar esse prédio, pois ele pode estar acomodado, mas isso pode ser temporário. Quem vai dizer isso, de fato, são os dados que serão analisados pelos engenheiros. Aí a gente pode permitir a escavação do prédio para analisar a estrutura das sapatas e tomar decisões”, salientou.
As informações e fotos são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
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Com informações da secretaria municipal de Comunicação