Feira de Santana

Comerciante denuncia Hospital Lopes Rodrigues após irmão com problemas mentais ser rejeitado

Na última sexta-feira (26), ele teve um surto psicótico e tentou tirar a vida própria mãe, com uso de um martelo.

Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

A comerciante e digital influencer Priscila Patrícia Oliveira Mendes, de 39 anos, moradora do bairro Rua Nova, relatou na segunda-feira (29), as dificuldades que enfrentou ao tentar internar o irmão no Hospital Colônia Lopes Rodrigues, em Feira de Santana.

De acordo com ela, em entrevista ao Acorda Cidade, o irmão tem 36 anos e sofre com problemas mentais, já diagnosticados pelos médicos. Na última sexta-feira (26), ele teve um surto psicótico e tentou tirar a vida própria mãe, com uso de um martelo. Em meio à crise, a família acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que levou o paciente para o Hospital Especializado Lopes Rodrigues, porém logo ele teve alta.

“Meu irmão tem surtos psicóticos, desde 2006 que ele dá entrada na Colônia por problemas mentais, e eu tenho o registro comprovando que ele tem vários transtornos de bipolaridade e agressividade. Eu o trouxe para ter atendimento, porque ele estava no pico do transtorno, quebrando tudo, querendo matar minha mãe. A Samu veio e trouxe ele para a unidade à noite, e quando foi de manhã eu tomei um susto ele na porta da minha mãe batendo com um martelo, dizendo que chegou, sendo que minha mãe tinha ficado internada na Upa da Rua Nova, onde recebeu medicação”, relatou a comerciante.

Priscila Patrícia contou que ligou novamente para a Samu e também teve o apoio de uma guarnição da Polícia Militar para levar novamente o irmão para o hospital, porém chegando ao local o atendimento foi negado, mesmo um tenente da PM tendo ligado para conversar diretamente com a médica.

“Chegou aqui, ela disse que não iria atender o paciente e que ele estava bem. Eu apresentei tudo que eu tenho comprovando que ele já ficou internado dois dias aqui na Colônia e a última entrada que ele deu tem um ano. Das outras vezes que a gente veio foi uma luta pra ficar, porque a gente traz e as médicas e enfermeiras parecem que ficam no desespero pra que vá embora logo. Elas não têm aquele amor de deixar, observar. A gente não quer se livrar do paciente, do meu irmão, mas a gente quer um apoio que não estamos tendo. Minha mãe passou mal no sábado e eu levei para o hospital, e domingo, passou mal de novo e eu tive que largar tudo para levar de novo no hospital. Sai do hospital e fiquei tão revoltada que fui ao Complexo do Sobradinho prestar uma queixa contra a médica”, afirmou.

Conforme a entrevistada, mesmo com tantas solicitações, até por parte da direção da unidade hospitalar, o irmão continuou sem atendimento.

“Até o diretor do hospital pediu desculpas a todos, dizendo que a médica já causava muitos problemas e garantiu que meu irmão iria ser atendido, com os devidos cuidados. Aí o tenente e o major foram embora com suas guarnições, e nem o diretor conseguiu conter essa médica, porque ela não internou meu irmão, disse que quem mandava era ela e iria dar uma queixa até do diretor, porque estava interferindo no plantão dela. E a Samu chegou no domingo à noite na Rua Nova com meu irmão, sem medicação”, lamentou.

O Acorda Cidade entrou em contato com a direção do HELR, e a seguinte nota foi enviada:

Em relação à denúncia feita por Priscila Patrícia Oliveira Mendes, a diretoria do Hospital Lopes Rodrigues informa que o atendimento prestado ao paciente parente dela foi feito seguindo os protocolos de atendimento recomendados para o caso em questão. Mas, diante do relato de Priscila, todas as circunstâncias serão averiguadas. A diretoria do hospital ressalta que não concorda com nenhuma atitude desrespeitosa, seja com os usuários ou com os profissionais.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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Adriana

Uma luta pra conseguir um atendimento , se é pra não não atender os pacientes, então fechem as portas. Absurdo!!

Mateus Oliveira lobo

Falta de respeito com a família e o paciente.

Ana Maria Santana.

Atualmente esses casos são atendidos no CAPS.