Combate ao mosquito da dengue precisa ser intensificado após fortes chuvas

Feira de Santana registrou 166 casos de dengue na última terça-feira (20), mesmo dia em que uma forte chuva atingiu a cidade. O volume registrado foi de 42 milímetros em apenas 1 hora. Além dos transtornos recorrentes causados pelo temporal, como perda de móveis e alagamentos de casas, acende-se um alerta: o perigo de deixar água parada em locais inapropriados, ideais para a reprodução do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.

Segundo o Ministério da Saúde, de 1º de janeiro de 2024 até o início desta semana, 113 pessoas morreram vítimas da dengue em todo o Brasil. Uma das formas mais eficientes de combater a doença é evitar a multiplicação dos mosquitos. Confira nesta matéria flagrantes feitos por moradores de Feira de Santana que estão reclamando de locais que podem ter focos.

A promotora de Vendas Karoline Cerqueira de Araújo (31) é moradora do bairro Gabriela. Ela contou que recentemente foi diagnosticada com dengue e está preocupada com um local próximo à sua residência que está servindo de criadouro para os mosquitos. “Os moradores da rua jogam lixo, garrafas pet, latas, bastante lixo, coisas que estão acumulando água e servindo de focos para o mosquito-da-dengue”, disse Karoline, referindo-se a uma área com construções abandonadas próximo à rua Raimundo Almeida.

De acordo com uma moradora que não quis se identificar, existe um terreno abandonado há mais de 7 anos no bairro Gabriela que está com muito lixo. “Aqui está cheio de mosquito, de lixo, muito mato e os donos não aparecem, tudo que é mosquito tem lá”, disse a moradora. O terreno fica no caminho 3 do loteamento Amaralina.

Um internauta anônimo mandou um vídeo que mostra a piscina de uma casa abandonada cheia de água na rua Georgina Erisman, no Centro da cidade. “Com as últimas chuvas, a piscina encheu mais e não vejo ninguém limpar, deve estar cheia de mosquito-da-dengue”, comentou o internauta. Segundo ele, a casa fica perto do prédio Augusto Freitas, na rua Barão do Rio Branco. 

Mais um local com acúmulo de água. Na rua B, caminho F 18, no bairro Feira X, existe uma resistência que a laje sempre acumula água da chuva. “É muita água parada em cima dessa laje, nós que moramos perto não sabemos nem mais o que fazer. Aqui está cheio de ratos, baratas e, além disso, mosquitos-da-dengue” disse o morador que não quis se identificar.

Um motorista que passava pela Avenida Padre José Anchieta fez o registro de carcaças de veículos ao ar livre. Segundo o motorista, que não quis ser identificado, o local não apresenta qualquer tipo de proteção para as estruturas que podem acumular água da chuva e virar berçários para o mosquito-da-dengue. 

Um ouvinte do programa Acorda Cidade mandou, de forma anônima, o registro de dois pontos do loteamento Agrovila no bairro Magabeira que estão oferecendo risco para a saúde. Segundo ele, alguns moradores estão jogando lixo em uma área no fundo do loteamento. O outro ponto registrado é o fundo de uma residência com pneus e um vaso sanitário sem nenhum tipo de proteção contra a água da chuva.

Combate ao Mosquito