Manuela Lula Reis, mais conhecida como ‘Mana Lula’, tem 24 anos de idade e está cursando o último semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo.
Com um perfil nas redes sociais com mais de 4 mil seguidores, Mana Lula costuma publicar desenhos autorais, porém são artes com base em alguns monumentos da cidade de Feira de Santana.
Com o objetivo de compartilhar informações arquitetônicas para o público jovem da cidade, a estudante tem se destacado nas redes com vídeos de humor, sacarmos e muitas informações.
Contando a história de monumentos a exemplo do Jerimum, localizado na Avenida Presidente Dutra e também o prédio Oyama, na Avenida Getúlio Vargas, Mana Lula tem atraído um público diariamente e pretende se tornar destaque na área da arquitetura.
Ao Acorda Cidade, ela contou como teve início este desejo de selecionar alguns locais da cidade.
“Uma coisa que me interessa muito, é que tem muitos locais aqui em Feira de Santana interessantes e pouca informação. A gente não encontra muita informação, então eu acho que essa falta me faz querer ir atrás. As vezes eu faço uma história de uma casa e tem muita gente que sabem as histórias desta casa, dizem que já morou lá, que conheceu o dono, então tem muita coisa mapeada com pouca informação. Por exemplo, edifícios tombados, se a gente não tem informações dos edifícios tombados, imagina do resto? E tem muita coisa que inclusive não é tombada, e tem muita coisa tombada que não é bem cuidada”, contou.
Mana Lula listou alguns dos locais mais interessantes a serem contemplados pela população de Feira.
“Tem o Cuca, o Paço Municipal, que é a prefeitura de Feira de Santana, mas eu acho que ela não fica aberta para visitação, tem o Casarão Fróes da Mota, que inclusive já visitei no período da escola, a Igreja Senhor dos Passos que acho lindíssima, tem o Casarão Olhos D’Água, a Escola Maria Quitéria que está fechada e bem abandonada. Já visitei a Filarmônica que tem ali no prédio da Euterpe, visitei na época da faculdade e já estava bem acabadinho, mas eu acho linda a estrutura por fora, tem a Igreja dos Remédios, além dos coretos da cidade que também já fiz um estudo sobre eles”, pontuou.
Segundo a estudante, poucos profissionais da área costumam contar a história da cidade.
“O feirense gosta de ouvir sobre Feira, eu acho que feirense tem uma ciência de pertencimento, só que tem pouca gente que fala sobre Feira. Eu sempre procuro coisas e tem pouca gente que fala, principalmente quem é arquiteta. O curso de Arquitetura aqui em Feira tem pouco tempo, acho que tem uns quatro anos que formou a primeira turma, então eu sinto falta dessas pessoas, desses profissionais falarem da cidade, porque é uma cidade que precisa disso e aos poucos a gente vê as casinhas bonitinhas na Getúlio Vargas por exemplo, virando farmácias. Eu acho que quanto mais eu falo, mais interessam as pessoas falarem também”, destacou.
Como forma de dosar as publicações com as histórias dos monumentos de Feira de Santana, Mana Lula contou ao Acorda Cidade que também usa uma ‘pitada’ de humor.
“Eu levo com uma pitada de humor porque eu acho que tudo com humor, as pessoas gostam. Quando eu estou estudando para uma prova, eu quero ver coisa séria, mas a partir do momento que eu entro no Instagram, e acredito que a maioria das pessoas sejam assim, querem ter um momento de recreação, de diversão. Então é uma crítica, um conteúdo histórico e cultural e também com humor”, disse.
Entre tantos os outros monumentos espalhados pela cidade, existe um que é o favorito.
“A caixa d’água do Tomba. Eu amo a caixa d’água, inclusive me fantasiei e repercutiu bastante e faço vários desenhos dela. Eu estava até falando que é um edifício que ele não foi feito para ser um edifício cultural e histórico, ela é uma caixa d’água e hoje não reserva mais água, mas que se tornou o cartão postal da cidade, muito mais do que a prefeitura, muito mais do que a Igreja Senhor dos Passos”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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