Com telhado quebrado desde as chuvas de dezembro, vendedores da Feirinha da Cidade Nova trabalham no improviso 

Após as últimas chuvas que caíram no final de dezembro, uma parte do telhado da Feirinha da Cidade Nova, em Feira de Santana, acabou desabando. Vendedores que trabalham no local improvisaram lonas nos lugares onde as bicas caíram. Outras partes da estrutura também estão cedendo. 

Com as chuvas de verão, os vendedores temem que o pior aconteça. Nesta semana e na madrugada deste sábado (6), fortes chuvas já caíram na cidade. Na feirinha, baldes e vassouras são usados para amenizar a situação.

Uma vendedora de frutas e verduras, que prefere não se identificar por questões de segurança, falou ao Acorda Cidade sobre a união dos comerciantes para colocar uma biqueira no lugar com o próprio dinheiro, mas não foi suficiente. 

Vendedora há mais de 37 anos, ela cobra uma requalificação urgente da feirinha. 

“Afetou em todos os lugares aqui, as biqueiras. A gente reuniu tudo para botar uma biqueira aqui, mas só que não deu certo, caiu. Aí fica botando balde, o rapaz ali botou uma outra coisa em cima de outra coisa parecendo que quer fazer prédio, não deu jeito. Então a gente está precisando, pois está parecendo que somos uns cachorros aqui. Num momento nós não sabemos quem administra, só chegam pessoas aqui, olha, tira foto e nada. Nós estamos à toa”, relatou. 

Em setembro de 2023, a Feirinha da Cidade Nova passou por algumas obras de drenagem e substituição do esgotamento. Na mesma época, os vendedores relataram ao Acorda Cidade que melhorias ainda precisam ser realizadas na estrutura. 

“Eles vieram aqui e olhou o que era para ser feito, o que era realmente para fazer. Nós falamos pelo menos esse teto aí. Só que não sei o que foi, fizeram a drenagem do esgoto e aqui ficou desse jeito. Às vezes quando dá o vento, as telhas voa tudo, parecendo que é uma coisa do outro mundo”, explicou. 

Ainda segundo a vendedora, o espaço não está em reforma. A última obra de requalificação da estrutura externa foi realizada há mais de 12 anos.  

“O que fizeram há mais de 12 anos é o que você tá vendo, não fizeram mais nada. Cheio de água, eu não aguento mais, eu tô nas costas, tenho problema de coluna. Tiramos a água, parece um minador, a gente tira, volta. Ficamos com os pés todos molhados. Isso não pode ser assim. A gente tem que dar uma providência, tem que ver, não somos cachorros não. Pagamos o nosso imposto, então não pode ser assim”, reclamou.