Rachel Pinto
O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho, informou durante coletiva de imprensa, realizada na manhã desta sexta-feira (5), que a prefeitura de Feira de Santana passa por uma queda na arrecadação em virtude da pandemia, e a recomendação para toda a equipe de governo é que todos cortem despesas, economizem e “apertem os cintos”.
Ele relatou que fez uma reunião virtual com todos os secretários ontem e falou sobre todas as dificuldades vividas pelo município neste momento. Segundo Colbert, a prefeitura desde janeiro está custeando o funcionamento do Hospital de Campanha com recursos próprios.
“Há uma queda grande na arrecadação. O auxílio emergencial do governo federal deixou de ser pago desde 31 de dezembro. Não vem recurso para pagamento no Hospital de Campanha. Com as dificuldades e esta queda de arrecadação, estou começando a pagar os terceirizados hoje, coisa que a prefeitura sempre fez no primeiro dia no mês subsequente. Nós estamos começando a pagar hoje e não vamos terminar ainda. Na semana passada, nós gastamos quase metade do mês para fazer pagamento e é sagrado o pagamento que a prefeitura faz a todos aqueles que trabalham. Pedi então a todos os secretários que apertem os cintos. Controlem o combustível de cada um dos veículos. Gasolina está custando R$ 5,50. Está muito cara, é preciso que a gente tenha muito cuidado para diminuir qualquer despesa”, declarou.
Ele salientou ainda que todo o dinheiro que estiver na prefeitura será destinado ao combate da covid-19 e que a saúde será a prioridade.
“Pedi ontem que cada um faça o esforço máximo. Nós deixaremos de pagar qualquer tipo de benefício a qualquer um dos servidores, a não ser evidentemente horas extras que as pessoas trabalham e não podem deixar de receber. Mas, Feira de Santana precisa guardar o que for necessário para que a gente possa aplicar à saúde. Nós não cobramos IPTU desde o ano passado e quem puder fazer seu pagamento faça, porque este dinheiro está indo para a saúde e não cobramos multa. O que nós precisamos aqui na prefeitura é cortar a nossa própria carne. Mostrar que a gente pode reduzir todas as despesas possíveis, porque nesse momento a dificuldade é maior do que aconteceu no ano que passou”, ressaltou.
Colbert disse que primeiro a prefeitura paga quem trabalha, depois busca manter todos os contratos em dia, assim como o pagamento dos fornecedores. A redução das despesas, de acordo com ele, é algo que tem que ser permanente e precisa da colaboração de todos.
“Pedi a colaboração de cada uma daquelas pessoas que trabalham comigo na prefeitura de Feira de Santana. Não é o prefeito sozinho, somos nós e todos temos que fazer esse esforço. Na prefeitura, todo dinheiro que entrar, um centavo que entre, vai para a saúde. Há dois meses, quem paga todas as despesas do Hospital de Campanha é a prefeitura. Estive em Brasília, pedi ao ministério para poder retornar o repasse, tomara que assim seja feito e o mais que a gente tiver de dinheiro é para comprar a vacina. Vamos comprar as vacinas onde estiver e ao preço que nós pudermos pagar. Neste momento, o grande salto que a gente pode dar é na vacina, reduzir internamento, reduzir a morte e reduzir a gravidade dos problemas que estão acontecendo”, comentou.
O prefeito lamentou também a morte de 470 feirenses pela covid-19.