Este ano, o São João para os vendedores de fogos de artifício em Feira de Santana foi um tanto diferente, levando em consideração que muitos tiveram os materiais apreendidos e outros que já estavam acostumados com o espaço do Parque João Martins da Silva, desta vez não conseguiram autorização para comercializar no local. A única empresa que comercializou os produtos no Parque de Exposição, foi a da Mara Rúbia. Ao Acorda Cidade, a proprietária fez uma análise das vendas neste 2024.
Para Mara, o período para vender no local foi muito curto, o que afetou os rendimentos neste ano. O período do São João, caindo entre domingo e segunda-feira (24), também prejudicou a presença dos clientes.
“Eu acredito que por ser um sábado e várias pessoas já terem viajado na sexta-feira, mas as vendas foram boas. No ano passado começamos aqui no final de maio. Então foram praticamente trinta dias antes. Esse ano foi quatro, então não tem um comparativo de vendas entre o ano passado e esse ano”, explicou.
A vendedora também ressaltou que os fogos fazem parte da tradição do São João e nunca perdem a graça entre adultos, crianças e até idosos. Há quase 30 anos vendendo fogos, ela sabe bem como os produtos são importantes na composição das festas juninas.
“Mesmo sendo poucos dias, a movimentação foi muito boa. Claro que os outros anos acontecem com antecedência. Mas os dias, mesmo que sejam os dias 20, 21,22, 23 e 24, houve uma movimentação muito boa”, confirmou.
Nesta sexta-feira (28), véspera de São Pedro, o movimento também estava intenso no estabelecimento.
Com mais de 50 anos de história, a empresa carrega consigo uma herança familiar, passando o trabalho de geração em geração. Atualmente, os fogos vendidos por eles, vem de fábricas do estado de Minas Gerais. De acordo com Mara Rúbia, depois da China, Minas se destaca na fabricação dos produtos.
“No interior são quatro cidades, são quase duzentas fábricas de fogos nessas quatro cidades lá em Minas. Então assim, tudo hoje é fabricado em Minas. Bahia hoje só aqueles estalinhos de salão.. Aqui na Bahia não. Só aqueles o restante tudo vem de Minas ou é importado. Fazemos retirada, mas a maioria nós compramos e eles entregam não só aqui, mas em várias outras cidades”, revelou.
Sem sombra de dúvida, o que mais vendeu este ano, segundo Rúbia, foram os estalinhos de chão, os traques de massa que a criançada adora e pode “tocar” tranquilamente, uma caixa atrás da outra. Em segundo lugar veio a chuvinha.
Com pouco tempo para organizar o espaço no Parque de Exposições, Rúbia ainda revelou que teve dificuldades para encontrar vendedores, mas que, os funcionários que já trabalharam na empresa, retornaram e fizeram excelentes vendas mais uma vez. Foram contratados em média 25 pessoas para ajudar.
“Eu liguei para vários vendedores que já trabalharam comigo há muitos anos e essas pessoas assim foram excepcionais. Por ser um final de semana, essas pessoas vieram em massa para me ajudar. E assim, como fogos é uma coisa que geralmente é o primeiro emprego. Então eu pego muita gente como primeiro emprego. Eu tive em média de 25 vendedores. Mas desses, uns 15 são pessoas que trabalham em outros lugares e que vieram me ajudar, porque eu precisava de gente com experiência e essas pessoas assim foram excepcionais. Eu contei com essas pessoas. E o que muitos me disseram assim olha a dona Mara, a senhora me ajudou muito. Foi meu primeiro emprego, isso me abriu o campo de trabalho, então chegou agora a hora de eu retribuir. Isso foi maravilhoso”.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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