Daniela Cardoso
A Associação Comercial de Feira de Santana (Acefs), através do presidente Marcelo Alexandrino, realizou uma reunião entre comerciantes e o município, representado pelo secretário municipal de Gestão e Convênios, Ozeny Moraes, na noite de quinta-feira (15). O objetivo foi chegar a uma solução sobre a obra que está sendo executada na Avenida Maria Quitéria para implantação do BRT.
O trecho da Maria Quitéria está fechado desde o mês de agosto, e as obras estão paradas à espera de uma definição, já que a Caixa Econômica Federal suspendeu os repasses de pagamentos para as obras do BRT, após solicitação do Ministério das Cidades.
Durante a reunião, os comerciantes solicitaram uma solução até a próxima terça-feira (20). Ozeny Moraes informou que nesse prazo, se a prefeitura não tiver uma posição com relação à autorização para o reinício das obras, a empresa vai ser autorizada a recuar aproximadamente três metros dos tapumes para dar passagem ao trânsito no trecho que vem da Presidente Dutra sentido Getúlio Vargas. Também será autorizada a abertura do trecho em frente ao Banco do Brasil, para quem vem pela Getúlio Vargas adentrando a Maria Quitéria.
Com a obra parada, os comerciantes alegam prejuízos e alguns já tiveram que fechar as portas. Antônio Leite Santos é um exemplo. “Conversei com o dono do imóvel, esperei o tempo de um mês, mas a gente viu o descaso, a obra parada, uma sensação de insegurança. Me sentia desconfortável no meu restaurante. Era impossível trabalhar e infelizmente tive que fechar”, lamentou.
O médico Marcos Freitas afirma que o prejuízo tem sido enorme para todo o comércio que envolve a região da Maria Quitéria e ruas adjacentes. Ele destaca que a maioria dos comerciantes é a favor do progresso da cidade, mas que após dois meses, devido a uma série de questões, a obra continua parada e os comerciantes estão tendo prejuízos com o impasse.
“Várias lojas já fecharam e está gerando desemprego, estamos chegando ao final do ano, com várias coisas para pagar, como 13º salário, e o movimento diminuiu em todos os setores. Queremos uma definição, um prazo para a resolução da questão. Queremos de fato que, se até a próxima terça não houver uma decisão definitiva para o início da obra, que os tapumes metálicos sejam recuados. Os trabalhadores que geram renda para essa cidade já estão cansados de tanto prejuízo”, afirmou.
O presidente da Associação Comercial, Marcelo Alexandrino, afirmou que se obra tiver que ser reiniciada, que seja de imediato. Segundo ele, há informações de que quatro estabelecimentos comerciais já fecharam nas adjacências da Avenida Maria Quitéria, devido à interdição da via.
“Queremos uma definição da obra. O secretário nos prometeu um posicionamento de continuidade da obra até terça, mas ele se comprometeu, que independente disso, vai buscar reduzir o espaço do canteiro até onde estão as valas para liberar o espaço da Avenida Maria Quitéria. Sabíamos o tempo todo que uma obra desse porte ia realmente atrapalhar, ia causar transtornos, mas o problema é não saber quando as obras serão iniciadas e nem quando será o final”, disse.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade