A dona de casa, Joselita Pereira de Oliveira, 36 anos, mãe de Abraão Oliveira Santos, de 1 ano e dois meses, relatou ao Acorda Cidade sobre as dificuldades que está vivenciando para solucionar o problema do seu filho.
Abraão Oliveira nasceu no Hospital da Mulher com o ânus imperfurado, ou seja, fechado. A criança começou a fazer o tratamento no Hospital Estadual da Criança (HEC), mas teve o atendimento suspenso, e até o momento não conseguiu realizar a cirurgia de reconstrução do ânus, porque segundo Joselita, o Hospital relatou que não existe documentos do seu filho na instituição.
“Eu peço ao Hospital da Mulher que entre com sua providência também e me ajude, porque eu estou gastando muito sem poder. Eu tenho uma mãe que é deficiente, ela não enxerga e é diabética e agora minha mãe está com um distúrbio e tá muito difícil para mim, com duas pessoas precisando de ajuda. E o meu filho tá precisando de muita coisa e eu não tô achando nada, nem de uma parte, nem de outra, porque meu filho já tem 1 ano e dois meses nessa luta. Tenho todos os exames que me mandaram fazer, gastei dinheiro, para chegar agora e o meu filho ficar sem o direito de operar. Meu Deus, como é isso? Me ajudem, hospitais, tô pedindo a ajuda de vocês. Enquanto vocês estão de mãos atadas eu estou aqui gastando sem poder”, desabafou Joselita Pereira.
Entenda o caso
Em entrevista ao Acorda Cidade, Joselita contou que quando foi levar o seu filho para ser operado no HEC, local em que seu filho estava fazendo tratamento, recebeu a notícia de que toda papelada referente ao caso de Abraão não estava na unidade hospitalar.
“Meu filho nasceu com o ânus fechado, eu corri para o Hospital da Criança para operar, fiz todos os exames, e quando chegou o dia que era para operá-lo, com seis meses, toda a papelada dele sumiu dentro do Hospital da Criança e até agora nada foi encontrado. Meu filho já tem 1 ano e dois meses e eles ainda não correram atrás para procurar a papelada de Abraão e eu fico nessa situação como o meu filho sem saber o que fazer. Ele está tomando só leite, sem poder ser alimentando direito”, lamentou a mãe.
A mãe de Abraão destacou que há 1 ano está tentando realizar a cirurgia do seu filho. E disse que não foi informada sobre o motivo pelo qual as consultas dele foram suspensas.
“Me mandaram retornar em agosto para levar os exames, mas quando cheguei para operar o meu filho me falaram que os documentos dele não estavam lá. E até hoje não chamaram ele”, explicou.
Estado da criança
Abraão está sem a bolsa de colostomia, e seu estado clínico não é bom, segundo abordou Joselita.
“Meu filho hoje precisa de uma cirurgia. O Hospital da Mulher não se envolveu com nada, e meu filho tá aqui hoje. Gastamos muito com leite. O leite do meu filho é muito caro. Ele tá sem bolsa de colostomia e até hoje espero resposta de tudo e não tenho resposta de nada”, pontuou.
Conforme Joselita, a unidade hospitalar não transmite nenhuma informação para ela.
“Até o momento eles dizem que lá não tem nada dele. Eles dizem que estão procurando defesa, mas qual defesa? Meu filho tá aqui, a maior defesa é o meu filho. Ele está aqui sem cobertura nenhuma deles, precisando de tudo e não tem possibilidade de nada”, expôs.
Ao Acorda Cidade Joselita disse que possui um relatório que comprova que seu filho foi atendido no Hospital da Criança.
“Eu tenho um relatório que comprova que o meu filho foi operado lá e que tudo do meu filho passou por lá”, contou.
Joselita disse que deu entrada no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas o benefício foi negado.
“Estou deixando nas mãos de Deus. O meu filho tem que andar com uma fralda no meio da cintura, precisando de todo suporte. Não estou achando nenhum hospital que possa me ajudar”, concluiu.
O Hospital Estadual da Criança (HEC) emitiu uma nota.
O Hospital Estadual da Criança (HEC) destaca que não informa detalhes sobre estado de saúde de pacientes e ressalta que o Serviço Social da unidade está disponível para quaisquer dúvidas familiares. O HEC reitera a excelência no atendimento e cuidado assistencial a todos os pacientes.
Referência em gestação de alto risco e em média e alta complexidade em pediatria, o HEC preza por atendimento de qualidade. Para prestar assistência humanizada, garantindo boas práticas e a segurança na atenção às crianças e gestantes da Bahia, o hospital conta com mais de 20 especialidades pediátricas e uma equipe multidisciplinar capacitada.
O Acorda Cidade também solicitou informações do Hospital da Mulher e aguarda retorno sobre o caso.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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