Com expectativa de ocupar vagas, candidatos chegam cedo à Casa do Trabalhador

Munido com uma pasta contendo vários documentos e o perfil profissional impresso, o cozinheiro Paulo Sérgio dos Santos, que é morador do bairro Serraria Brasil, foi à Casa do Trabalhador na manhã desta terça-feira (9), para tentar conseguir uma vaga de emprego. Ele está há 9 meses fora do mercado de trabalho formal.

Otimista, o cozinheiro já conseguiu oportunidades de trabalho através do órgão municipal, que tem como missão intermediar mão-de-obra, reinserir e apoiar trabalhadores no mercado de trabalho, por meio de capacitação profissional, além de ofertar serviços como emissão de Carteira de Trabalho e entrada no seguro-desemprego para aqueles que foram demitidos sem justa causa.

“Já vim aqui várias vezes, e por sinal já consegui muitos empregos através da Casa do Trabalhador. Para quem tem compromisso de pagar aluguel, água, luz, é muito difícil, e ainda tenho um neto e uma filha para ajudar. Tenho que correr atrás, não posso ficar parado. Trabalho com frutos do mar, salgados, camarão na moranga, ao alho e óleo, são minhas especialidades, por isso não vou desistir”, afirmou Paulo Sérgio.

Há cerca de 4 meses sem trabalho com carteira assinada, o trabalhador da área de construção civil e segurança João Santos também chegou cedo à Casa do Trabalhador hoje em busca de uma nova oportunidade.

Sem emprego, ele vê as contas se acumularem por causa do tempo em que está parado, e com a inflação em alta, os preços dos insumos básicos cada vez mais elevados, percebe que se não conseguir logo um trabalho, a situação vai ficar ainda mais difícil.

“As contas vão se acumulando e as coisas vão ficando mais difíceis. Sou pai de família, tenho dois filhos, e a gente tem que se virar de um lado e de outro, para colocar pelo menos o básico dentro de casa. Vim aqui na expectativa de encontrar hoje e acredito que tenha vagas. Às vezes surge, e quando a gente chega a vaga já foi preenchida, mas a gente tem que ficar sempre na correria e na ativa”, destacou.

Também na fila aguardando a abertura do órgão municipal desde as primeiras horas da manhã, a vendedora Larissa Barbosa de Jesus revelou que já está há 6 anos desempregada. O último emprego dela foi como vendedora e mais uma vez está em busca de uma nova oportunidade, porém não está encontrando.

“Eu trabalhei agora no período das festas, porém a loja que chamou não contratou as cinco pessoas que foram chamadas. Sempre venho à Casa do Trabalhador e hoje vim aventurar”, disse.

Saldo positivo na geração de empregos

Quem foi hoje à Casa do Trabalhador em busca de vagas tem razões para permanecer otimista. Segundo dados do último boletim divulgado pelo Novo Caged, que é o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o mercado de trabalho em Feira de Santana, até junho deste ano, teve um saldo positivo acumulado em 4.388 vagas de carteira assinada. Isso quer dizer que foram admitidas mais pessoas nos primeiros seis meses deste ano (27.298 admissões) do que demitidas (22.910).