Gabriel Gonçalves
A segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe influenza teve início na última terça-feira (11) em todo o Brasil e segue até o dia 8 de junho.
Em Feira de Santana, a vacina da gripe segue paralela com a campanha de vacinação contra o coronavírus (covid-19). De acordo com o secretário municipal de Saúde, Marcelo Britto, a imunização está acontecendo em todos os Postos de Saúde da Família (PSF).
"Estamos vacinando a população em todas as unidades dos PSFs. Ao contrário das vacinas contra o coronavírus que estamos em baixa e com dificuldades para repor os estoques, a vacina da H1N1, temos em boa quantidade em todos os postos de saúde, vacinando as crianças de 6 meses à 6 anos, vacinando também as grávidas, puérperas, lactentes e foi iniciado há dois dias o pessoal de 60 anos ou mais. Estamos atingindo todas as metas, apesar de ser uma atividade complexa porque estamos fazendo a vacinação em dois polos, vacina para Covid, vacina para gripe, isso às vezes até dificulta o processo, mas estamos seguindo com nosso processo", explicou.
Segundo o secretário, a meta para a terceira fase é aumentar ainda mais o grupo de pessoas que possam ser imunizadas, mas que seja sempre respeitado o quantitativo de doses disponibilizadas.
"Nós já estamos vacinando as pessoas que já possuem 60 anos, isso na segunda etapa da gripe, mas acredito que na terceira etapa, possamos descer ainda mais essa idade, buscando vacinar um número maior de pessoas, sempre respeitando a quantidade de vacinas disponíveis. Não estamos utilizando todas as estruturas para vacinar apenas influenza, porque uma boa parte ainda está vacinando Covid-19 e sabemos que hoje a prioridade máxima, seja no município, estado, Brasil e até mesmo no mundo, é a vacina contra a Covid-19", destacou.
Vacina contra Covid-19
Devido à pouca quantidade disponível de vacinas contra a Covid-19 no estoque da Secretaria de Saúde, foi decidido que unidades suspendessem o atendimento de forma temporária, até que esse estoque fosse reabastecido, como aconteceu no ponto de vacinação da UniFTC.
"Nós tivemos uma detecção em nossos estoques e a situação começou a ficar crítica. Tivemos que correr para tirar vacinas de quem tinha mais, para levar a quem tinha de menos ou quase nada. Com o avanço da vacinação, essas doses estão sendo utilizadas de maneira muito rápida e é provável que ainda hoje, algumas unidades suspendam a vacinação por falta do imunizante, como aconteceu na UniFTC. Fechamos aquela unidade por conta da insuficiência de doses. Lá especificamente, é um local tranquilo, sem aglomeração, estacionamento amplo, mas não tínhamos doses para manter aquela unidade ativa. Preferimos dar a prioridade para as UBSs, que são unidades primárias da vacinação. Assim como aconteceu na UniFTC, aconteceu também no Dom Pedro de Alcântara, são unidades alternativas que utilizamos para evitar aglomerações, mas se não temos uma boa quantidade de doses, não faz sentido utilizar estes espaços, até mesmo atrapalhando o funcionamento desses locais privados", informou.
Nesta sexta-feira (14), os profissionais da Segurança Pública a partir dos 40 anos de idade poderão receber a primeira dose da vacina contra o coronavírus. Segundo Marcelo Britto, a imunização não será mais realizada no 1º Batalhão, e sim na UniFTC.
"Amanhã estaremos vacinando o pessoal da Segurança Pública e não será no 1º Batalhão, essa imunização vai ocorrer na UniFTC, por ter uma estrutura já montada, um local bem tranquilo também. Então para este público, serão os servidores acima de 40 anos de idade, já conseguimos descer essa idade e a depender do quantitativo de novas vacinas, vamos abrangendo mais esses grupos", explicou.
Como é feito o processo de imunização após aplicação da vacina?
De acordo com o secretário municipal de Saúde, o processo de imunização acontece de forma progressiva, até que se possa atingir um platô máximo.
"A imunização acontece de forma progressiva, como se fosse uma crescente e na medida que os dias passam, a pessoa vai ficando mais imunizada e no momento que essa quantidade de imunização começa a cair, é o momento de estar tomando a segunda dose para alavancar a imunização, como no caso da CoronaVac, depois de 14 dias. Então é necessário que atinja um chamado platô da imunização, porém os estudos continuam para saber se esse patamar máximo permanece por mais de um ano, por exemplo. Por isso, é necessário verificar lá no futuro se vai haver a necessidade de um ano após estar vacinado, ter que receber novamente, como é o caso da vacina da gripe, mas só daqui a um ano para os estudos dizerem a certeza sobre essa vacinação, se vai permanecer com a imunização lá em cima", disse ao Acorda Cidade.
O processo de imunização contra o vírus não elimina a possibilidade de ser infectado, mas segundo Marcelo Britto, a pessoa que já está vacinada não terá fortes sintomas que leve ao internamento.
"Essa pessoa pode ter o contato com alguém que esteja com Covid-19, essa pessoa pode até contrair o vírus, mas a sintomatologia será pequena, não será sintomas graves. Estudos comprovam que as pessoas que já estão imunizadas com as duas doses, após o intervalo de tempo de 14 dias, caso essa pessoa seja infectada, serão sintomas 'bestas', não tendo nenhum tipo de complicação", concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade