Feira de Santana

Com dor em uma das mamas, dona de casa reclama que não consegue atendimento em Feira de Santana

O anúncio foi feito durante transmissão ao vivo, por meio das redes sociais do governador.

 

Daniela Cardoso e Ney Silva

A suspensão do atendimento ambulatorial em unidades de saúde de Feira de Santana para evitar aglomerações, por causa da pandemia de coronavírus, deixou muitas pessoas sem atendimento na cidade. A dona de casa Aniusca Nascimento dos Santos reclama dessa situação.

Moradora do distrito de São José, ela relatou ao Acorda Cidade que tem percorrido postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento de Feira de Santana, mas não consegue ser atendida. Ela está sentindo dores na mama esquerda e não sabe o que fazer.

“A gente só ver falar sobre o coronavírus como se as outras doenças deixassem de existir. A gente precisa de mastologia, ginecologia, mas não tem atendimento em Feira de Santana. Já fui no Hospital da Mulher, no Hospital Geral Clériston Andrade, postos de saúde de São José, na UPA e ninguém me atendeu para avaliar o que eu tenho na mama”, afirmou.

Ela afirma que além das dores na mama, também tem apresentado sintomas de ansiedade e tem se sentindo muito mal. Como não consegue um atendimento médico, precisa se automedicar, para tentar aliviar as dores e sintomas.

"Não tenho condições de trabalhar e nem de pagar médico particular, que é muito caro o atendimento e os exames”, disse.

A secretária municipal de Saúde, Denise Mascarenhas, explica por que os atendimentos foram suspensos e garante que alguns prestadores do Sistema Único de Saúde (SUS) já estão retomando os atendimentos ambulatoriais.

“Nosso serviço ambulatorial retornou no dia 13 de abril, conforme decreto municipal. Os ambulatórios estão começando com a capacidade de 50% para que não aja aglomerações. Alguns prestadores já voltaram normal, mas respeitando as regras. As agendas estão sendo cumpridas de acordo com o que já tínhamos aqui na central, mas as pessoas podem procurar as unidades dos bairros”, afirmou.

Segundo Denise, os atendimentos da policlínica regional ainda não foram retomados, mas os demais estão retornando aos poucos. Ela pediu a compreensão da população, para que respeitem o isolamento social e destaca que as urgências e emergências estão sendo atendidas nas UPAs.

"Estamos fechando nossa agenda de maio para cumprir o que está na pendência e qualquer pessoa pode procurar a unidade do bairro para os agendamentos. Não esquecemos nenhuma doença, estamos atendendo todos, mas sabemos que nesse momento estamos tentando trabalhar para que nosso município continue respondendo bem a essa pandemia. Com fé em Deus vamos vencê-la”, destacou.

A presidente da Fundação Hospitalar de Feira de Santana, Gilbert Lucas, informada sobre a dificuldade encontrada pela senhora Aniusca Nascimento, que não consegue um atendimento com um mastologista, autorizou o atendimento dela para a próxima segunda-feira (20) no Centro Municipal de Prevenção ao Câncer (CMPC).

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