Com dois meses sem receber salários, funcionários da UPA da Queimadinha fazem protesto

Funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Queimadinha, em Feira de Santana, realizaram um protesto na manhã deste sábado (6) para reivindicar o pagamento dos salários, que eles alegam estar atrasados há dois meses. A empresa responsável pelo contrato dos funcionários é a Insaúde.

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Profissionais de vários setores como enfermeiros, técnicos de enfermagem assistentes sociais, pessoal da higienização, da copa, controlador de acesso, administrativo, farmácia, maqueiros, participaram da mobilização.

Dart Clair Cerqueira, que é integrante do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde da Bahia, afirmou que tem recebido inúmeras denúncias, não só do pessoal da Queimadinha, mas de outras unidades de saúde, em relação a salário e benefícios atrasados. Segundo ela, as categorias da saúde estão passando muitas dificuldades.

“Estou licenciada, mas o pessoal me chamou e não poderia deixar de contribuir com essa luta. A prefeitura precisa fiscalizar se as empresas estão cumprindo os contratos e precisa notificar. Tivemos uma reunião na Procuradoria nesta semana, e nos foi orientado a fazer denúncias no site do Ministério Público do Trabalho, para que essas empresas sejam notificadas. Além dos atrasos dos repasses, as empresas também não estão cumprindo os contratos”, afirmou.

A técnica de enfermagem, Cassiana Costa, que trabalha na UPA da Queimadinha, relatou que além dos salários atrasados, a categoria também luta pelo pagamento retroativo do piso de enfermagem.

“Estão dizendo que a empresa ganhou novamente a licitação e que depende desse repasse para que seja feito o pagamento do nosso salário. Mas a minha carteira está assinada com a Insaúde, não tenho nenhuma ligação com a prefeitura e isso me faz entender que eu não dependo do repasse da prefeitura para receber meu salário. Em relação ao piso da enfermagem, nós recebemos um retroativo no ano passado e o restante até hoje não foi pago. A gente já tem meses aguardando”, disse.

A assistente social, Michele Braga, disse que os profissionais de saúde estão sem ter o que comer e estão contando com a ajuda de outras pessoas para conseguirem se alimentar, o que, segundo ela, abala emocionalmente esses profissionais.

“São dois meses com salários atrasados, já foi feita mobilização para doação de cestas básicas, mas a gente sabe que não é suficiente. A gente não ameaçou parar as atividades, mas queremos uma resposta em ralação a essa situação, que impacta no nosso trabalho. Os profissionais estão emocionalmente abalados e mesmo assim estão trabalhando para atender a comunidade”, afirmou.

Matheus Monteiro, que trabalha na recepção da UPA, também reclamou da situação. Segundo ele, amigos estão fazendo ‘vaquinhas’ para ajudar.