Feira de Santana

Com benefício suspenso há três meses, mãe vive de doações para filho que possui paralisia cerebral

Segundo Maria Creuza, Alisson também faz uso de medicamentos controlados e necessita passar por um neurologista.

Gabriel Gonçalves

A moradora de Feira de Santana, Maria Creuza de Oliveira Maia, e seu filho, Alisson de Oliveira, 29 anos, que possui paralisia cerebral, precisam de ajuda. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) foi suspenso pela segunda vez. Nesta última, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), alega que o CPF de Alisson não consta do sistema.

Com o benefício suspenso desde o mês de dezembro, Maria Creuza, Alisson e outro filho, estão vivendo de doações, principalmente de fraldas.

"Meu filho tem uma deficiência mental e física, ele não anda, não fala e também não enxerga. Ele recebia o benefício do INSS, o BPC, mas desde o mês de dezembro que eles suspenderam este benefício alegando que estava faltando o CPF do menino. No ano de 2020, a mesma situação aconteceu, então eu fui diretamente na unidade do INSS e resolvi a situação, mas agora aconteceu a mesma situação, estou tentando resolver e não consigo. Já vai fazer três meses sem o benefício e com isso eu estou devendo todo este período de aluguel da casa", lamentou.

Maria Creuza disse ao Acorda Cidade, que, o outro filho está tentando arranjar um emprego, fez entrevistas de emprego, mas ainda não foi selecionado.

"Eu não estou trabalhando, meu filho também está desempregado, não consegue arrumar emprego nenhum, está colocando currículos nas empresas, mas ainda não teve um retorno. Estamos vivendo apenas de doações, teve um período que ficamos sem fraldas e uma vizinha que está com o esposo internado no hospital me doou cinco pacotes que ela tinha em casa. Eu não sei mais o que fazer, estou desesperada, são os vizinhos, minha família, até minha mãe que é aposentada, deixa de comprar os remédios dela, para me ajudar", disse.

Segundo Maria Creuza, Alisson também faz uso de medicamentos controlados e necessita passar por um neurologista.

"Ele faz uso de remédios controlados, tem dias que ele dorme de forma tranquila, mas tem dias que ele fica bastante agitado. Eu aproveito esse momento, porque estamos precisando de uma consulta com um neuro para ele. Eu não sou daqui de Feira, vim morar tem pouco mais de um ano, e quando eu consegui uma consulta através do posto, o pessoal marcou com o neuro infantil para ele. Quando chegou o dia da consulta, não fomos atendidos e agora estou no aguardo de um novo atendimento. Ele já tem 29 anos e infelizmente, estou vivendo momentos de horror nesta casa", contou.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Maria informou à reportagem do Acorda Cidade, que antes da pandemia de covid-19 estava trabalhando. Neste período, o outro filho cuidava de Alisson, mas agora o desejo é que o processo seja invertido, que ela possa ficar tomando conta do filho, enquanto o irmão possa conseguir uma oportunidade de emprego.

"Eu trabalhava antes da pandemia, mas aí a empresa acabou dispensando os funcionários, eu também me acidentei, fraturei meu tornozelo e na época, meu outro filho que tomava conta de Alisson, mas agora ele está aí em busca de um emprego para ajudar em casa. Infelizmente o pai de Alisson, não liga para o filho, mora em São Paulo, até os 20 anos de idade, ele até ajudava, mas depois disso, não enviou nenhuma ajuda. O que mais estamos precisando neste momento, são doações de fraldas e alimentos", informou.

Quer ajudar?

Maria Creuza reside na rua Petrolina, bairro Jardim Cruzeiro em Feira de Santana. Para mais informações, entrar em contato pelo (75) 99213-1827.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
 

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