Laiane Cruz e Gabriel Gonçalves
Foi sepultado, na tarde desta quarta-feira (16), com grande comoção de parentes e amigos, o colunista social Cid Daltro, de Feira de Santana. Ele lutava contra um câncer e morreu na noite de terça-feira (15), após passar mal e ser internado em um hospital.
O corpo foi velado no Centro de Velório Pax Bahia, localizado no bairro SIM, e o sepultamento ocorreu no Cemitério Piedade.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
O amigo e também colunista social Ailton Pitombo relatou, em entrevista ao Acorda Cidade, que teve contato com Cid Daltro, no último domingo (13), pela manhã, e que apesar de ele estar um tanto debilitado, apresentava estar bem.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
“Eu vinha acompanhando a saúde dele e estava sempre presente na casa dele. E a última vez que estivemos juntos foi no domingo. Ele estava um pouco debilitado, mas estava bem. E saiu, almoçou fora, voltou e tomou café bem à noite, mas durante a madrugada ele passou mal e teve que ser internado. Desse internamento, ele foi entubado e faleceu”, informou Ailton Pitombo.
Segundo ele, a morte de Cid Daltro significa uma grande perda para a comunicação feirense. “Cid representou o símbolo do colunismo social, que foi um dos pioneiros, com mais de 40 anos de atividade, escrevendo para o jornal Tribuna da Bahia, depois o Feira Hoje, e quando o Feira Hoje foi extinto e o Folha do Estado integrou a sociedade, então ele passou a escrever no Folha do Estado. É uma perda muito grande, porque ele era pessoa carismática, que trabalhava na filantropia, que tinha um relacionamento muito grande dentro da cidade e contribuiu muito para a sociedade feirense. No domingo, passei a manhã com ele. Foi uma surpresa, porque pensei que ele teria mais alguns dias de vida. E o momento chegou, sem avisar”, afirmou o amigo.
Presente também no Centro de Velório, Naron Vasconcelos, assessor de gabinete do prefeito Colbert Martins, destacou os grandes momentos vividos com Cid Daltro, e enfatizou que mesmo sabendo que a vida tem um 'fim', as pessoas nunca estarão preparadas para receber a notícia.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
"Eu recebi com muito pesar essa notícia do falecimento do nosso Cid Daltro. Embora sabendo que ele não vinha gozando de uma boa saúde, esteve internado por um período razoável e depois teve alta. Há uns 15 dias, ele comemorou mais um ano de existência e fomos pego assim para todos nós, como uma surpresa. Vivemos belos momentos aqui em nossa cidade de Feira de Santana, fomos parceiros em vários eventos e para a gente foi uma surpresa porque ele melhorou, saiu do quadro crítico, e voltou ao nosso convívio e de repente essa notícia hoje pela manhã. Realmente deixou um grande número de amigos chocados. Que Deus realmente dê o descanso que ele merece, ele cumpriu aqui a missão dele, e a vida tem início, meio e fim, e esse fim nós não sabemos quando vai acontecer, mas é real e difícil. Por mais que a gente se encontre nessa situação de perda de amigos principalmente agora, eu estava comentando agora ali a pouco que rotineiramente, semanalmente eu tenho vindo aqui me despedir de amigos, e o que é que ocorre? Realmente a gente está vendo que uma geração está partindo", lamentou.
Amiga há cerca de 30 anos do colunista, Maria José Oliveira de Souza, mais conhecida como 'Batatinha', relembrou velhos momentos de Micareta, Carnavais e contou à reportagem do Acorda Cidade, que almoçou com Cid Daltro no último domingo.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
"Eu realmente não esperava, porque foi inesperadamente ontem à noite, e até agora eu estou abalada. Eu sabia que ele já estava doentinho, mas a gente sempre tinha esperança que ele melhorasse, e para mim foi muito chocante. Nesse período, eu fiquei muito próxima dele, a gente tinha saído para almoçar no domingo, ele estava rindo e acontece o inesperado. 30 anos de amizade, muitos Carnavais, Micaretas, muitas festas e sempre tive um enorme carinho por ele. Agradeço muito ao Cid, porque foi ele quem me motivou a também ser uma colunista hoje. Lembro que ele já tinha uma coluna e eu comecei a escrever na coluna dele, na época não tinha câmera fotográfica digital, acabava fotografando as pessoas e 'cortando a cabeça', o braço, perna e ele odiava. Irei sentir muita falta dele, sei que vai demorar muito para aceitar, e só peço a Deus que coloque-o em um bom lugar, porque Cid sempre foi uma pessoa espetacular", concluiu.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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