Acorda Cidade
As chuvas que caíram nos últimos dias em Feira de Santana já somaram mais de 120 milímetros, segundo informou a coordenadora da Estação Climatológica da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Rosângela Leal. Segundo ela, isso indica que já choveu mais do dobro da média do que chove em todo mês de janeiro.
Rosângela explica que as últimas chuvas que atingiram a cidade são chamadas de tempestades tropicais, que é uma grande quantidade de chuva em um curto espaço de tempo. Ela afirma que a previsão é que a partir de agora as chuvas diminuam de intensidade.
“Acreditamos que agora as chuvas, se ocorrerem, serão mais fracas, pois estamos com muitos ventos na nossa região empurrando essa nebulosidade”, observou.
Segundo a coordenadora, essas chuvas intensas no mês de janeiro são típicas de trovoada e a Estação Climatológica já vem observando essa mudança de período em que essas chuvas costumam ser frequentes. Ela afirma que é necessário observar quais serão as repercussões desse período de trovoada para o setor produtivo de Feira de Santana.
“Tivemos chuvas intensas, inclusive com trovoadas, com raios no mês de janeiro, esse fenômeno está se repetindo há uns quatro anos, apesar de que nos anos anteriores não estivesse tão característico assim, ou seja, a chuva não estava tão intensa. Antigamente as chuvas de trovoada eram no final de novembro, depois passou para início de dezembro, depois final de dezembro e agora começou a cair em janeiro de forma muito incipiente. Esse ano tivemos chuva de trovoada característica com chuva intensa”, analisou.
Essas chuvas, conforme lembrou Rosângela, causam muitos danos para os moradores das zonas urbanas, porém são muito benéficas para a zona rural, especialmente para a pecuária, já que implica uma grande quantidade de chuva em um curto período de tempo, molhando os pastos e enchendo as aguadas.
“A área urbana tem asfalto, muitas construções, área cimentada, então a água não é absorvida pelo solo e acaba escoando. Às vezes o sistema de escoamento não é suficiente e acaba subindo e inundando casas, provocando prejuízos materiais. Foi uma coisa danosa na área urbana, mas a chuva é fundamental para a área agrícola, não por causa da agricultura, mas por causa da pecuária, pois essa chuva vai molhar os pastos e vai encher as aguadas para que se mantenham nos meses secos, antes que cheguem as chuvas de inverno”, explicou.
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade