Acorda Cidade
Camelôs que serão realocados para o Shopping popular estiveram no local do empreendimento nesta quinta-feira (23) para verificar se o problema de alagamento no local já havia sido resolvido e constataram que não.
Foto: Enviada via Whatsapp
Em vídeos e fotos enviados por eles para o Acorda Cidade é possível ver muita água da chuva na parte externa e interna da obra.
A camelô Paula Araújo afirmou que sempre que chove, o problema se repete. “Eles querem colocar a gente lá, mas não tem condições nenhuma. Está tudo molhada lá dentro, eles dizem que está bom, mas a realidade é bem diferente. Sempre quando chove fica tudo alagado. Eles não querem conversar com gente, não atendem as coisas que a gente pede e não sabemos se vamos conseguir nos manter ali dentro. A gente depende disso aqui para viver, mas ali não vai pra frente tão cedo”, disse.
A camelô Alexandra Cavalcante também reclamou da situação. Ela afirma que a estrutura do empreendimento não condiz com o que foi prometido. “Eles venderam uma estrutura e estão oferecendo outra. Quando chove alaga tudo, eles estão nos impondo condições que não tem como camelô sobreviver ali dentro. Temos vídeos mais antigos que mostram o mesmo problema do alagamento e eles não solucionaram”, afirmou.
O vereador Luís da Feira, que também é camelô, disse que a situação do alagamento do shopping já foi denunciada por ele há algum tempo na Câmara Municipal e destacou que não tem possibilidade do camelô ir para o local. “Fora a molhação, tem as taxas altas que o camelô não vai ter como pagar. O prefeito Colbert garantiu que shopping era pra o camelô, já conversei com ele e ele pode baixar mais o preço e colocar uma carência maior para o camelô ter alguma segurança dentro do shopping popular”, afirmou.
Elias Tergilene, que é presidente do Consórcio Feira Popular, informou ao Acorda Cidade que a obra está no processo final. Segundo ele, a obra é feita por setor e um dos próximos passos será a colocação da junta de dilatação no estacionamento.
“Essa junta, nós temos que tratar e colocar borracha, como ocorre em estádio de futebol, viadutos, então são os arrematares finais, a gente coloca na semana de abrir o estabelecimento. Na semana que vem essas borrachas serão instaladas. As borrachas já estão em Feira e após esse procedimento o problema será resolvido”, garantiu.
O presidente do Consórcio Feira Popular explicou ainda por que as borrachas de dilatação precisam ser colocadas. Segundo ele, na junta se coloca um produto à base de cimento de alta resistência onde ele distancia de forma perfeita para entrar uma borracha de alta performance que entra sol e chuva e que retém a água.
“É uma laje de 30 mil metros quadrados. Se fizer ela toda sem dilatação, no movimento dos automóveis e dos caminhões subindo, ela trinca, então é uma técnica construtiva, igual como se faz nos viadutos. A obra está extremamente controlada, de forma técnica e é um sucesso, maravilhosa, com elevadores instalados, combate a incêndio e a nossa missão já está quase cumprida. Em breve vamos comemorar”, afirmou.
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Antônio Carlos Borges Jr, também esteve no Shopping Popular na tarde desta quinta para verificar a situação. Ele afirmou que esse é um momento de ajustes finais e que a previsão é que na próxima semana ocorra uma aceleração nesses ajustes e no mês de fevereiro já sejam entregues as chaves para os ambulantes que já assinaram os contratos.
“Agora estamos fazendo os arremates finais, colocando as portas, fazendo com que exista um cronograma pra que eles recebam as chaves e estamos discutindo com o consórcio Feira Popular para que eles acelerem o que tem que ser feito, a exemplo da junta de dilatação e colocação de divisórias, além da parte de iluminação”, afirmou.
Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade