Feira de Santana

Cesta Natalina: confira o preço dos produtos mais procurados nesta época

O economista, Renê Becker destacou ao Acorda Cidade que o poder de compra dos consumidores diminui conforme o aumento dos preços.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

O consumidor que já começou a pesquisar os produtos para a ceia natalina já notou uma diferença no preço em relação ao ano anterior. Isso acontece porque a maioria dos produtos procurados nesta época do ano são importados, e como consequência apresentam um aumento na elevação dos preços.

“Quando o valor é convertido para a nossa moeda, consequentemente, isso incide, diretamente, nos preços. E o impacto no bolso do consumidor é visível”, informou ao Acorda Cidade, o professor e economista, Renê Becker.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

O economista destacou que a renda de maior parte dos consumidores tem diminuído e isso minimiza o poder de compra da sociedade.

“A renda do consumidor tem diminuído e ela não está sendo o suficiente. Se os preços dos produtos aumentam, consequentemente, o poder de compra da sociedade diminui”, relacionou.

Inflação

Apesar da inflação ter uma medição interna, ela sofre os efeitos externos.

“Os preços dos produtos são dolarizados e quando são transformados para a nossa moeda eles sofrem consequências. A variação nos preços desses produtos tem sido superior a da inflação que está em torno de 5,7% e 5,8%, então posso afirmar que esses preços são bem diferentes em relação a inflação interna do país”, apontou.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

O consumo dos produtos sofre interferência com o aumento dos preços.

“Se os preços sobem mais de 20% enquanto o seu reajuste sofre 5%, consequentemente, a sua renda disponível diminui e faz com que o seu consumo também diminua, porque o seu poder de compra sofreu essa variação baixa”, explicou.

Vendas

O comerciante Jorge Oliveira, proprietário de um laticínio, comentou que as vendas, normalmente, começam a aquecer depois do dia 18 para o dia 24, e a expectativa para este ano é diferente dos outros anos, é boa.

Ele contou à reportagem do Acorda Cidade que aguarda o crescimento das vendas, pois o período natalino é sempre esperado pelos comerciantes.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Devido a pandemia que tivemos as vendas não estão aquecidas, mas como esta é uma época na qual as pessoas recebem o 13º salário, como os aposentados, as pessoas costumam vir para o comércio gastar. Após o dia 18 o comércio aquece, todos os anos é assim”, relembrou.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Produtos mais procurados

Jorge destacou que a maioria dos produtos para o Natal são importados.

“A uva passa, por exemplo é importada. E ela é um ingrediente do panetone e com isso atinge todo o setor. Não tem como o produto não subir”, abordou o comerciante.

Jorge explicou que o arroz teve um reajuste no ano passado, mas nestes últimos dias abaixou um pouco.

“A maionese também subiu, porque é derivada do óleo, a maioria dos produtos subiram”, salientou.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Peru

O comerciante disse que o preço dos produtos natalinos no ano anterior estavam mais baratos do que neste ano.

“O peru hoje aqui está em torno de R$ 30,00 o quilo. Ano passado estava mais barato”, informou.

Análise do consumidor

A dona de casa, Claudiana Gomes, contou ao Acorda que o preço do peru está mais elevado do que no ano passado.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Estou pesquisando os produtos para a ceia de Natal. O preço do peru está um pouco mais caro, e também depende da marca, o Chester está caro”, disse.

Preço da cesta natalina

Rubem Porto da Rocha, gerente de compras do supermercado Bem Barato, destacou ao Acorda Cidade que os produtos natalinos têm um preço definido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e neste ano os produtos tiveram uma variação de preços em torno de 6%.

“A cesta natalina como um todo, em relação ao ano passado, subiu cerca de 9,8% a 11% de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). A cesta natalina tem uma variação em torno de R$ 294,00 a R$ 306,00, mas isso depende do tipo de cesta que o consumidor vai montar”, informou.

Os preços variam de acordo com a necessidade do cliente, ressaltou Rubem.

“Às vezes a pessoa não tem condições do colocar na mesa o peru, e coloca um frango ou migra para uma outra proteína, como os cortes suínos. Já aquelas pessoas mais tradicionais optam por consumir o peru, a proteína mestre da ceia natalina”, informou.

Carnes

O gerente de compras relatou ao Acorda Cidade que a parte das carnes, o setor de açougue, todo o ano sofre um reajuste.

“Mas a nossa empresa não passa todo esse reajuste para o cliente. A gente procura fazer de forma escalonada para que o consumidor não sinta esse impacto”, afirmou.

Queijos do Reino (cuia)

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Os preços dos queijos são variados.

“Temos uma variedade muito grande e os preços variam de acordo com a marca dos produtos. Mas a gente consegue ter um queijo de saída a R$ 76,90, um preço bastante acessível já que houve um aumento de mais de 15%, em relação ao ano passado desse item”, disse.

Parcelamentos

Com a esperança de proporcionar aos clientes boas festas, Rubem Porto, destacou ao Acorda Cidade que o Bem Barato possui um cartão da própria rede e o consumidor consegue ter a facilidade de dividir em até 3 vezes, sem juros, a sua cesta natalina.

“A loja está com uma variedade de produtos natalinos muito grande e estamos preparados para atender os clientes da melhor forma possível”, frisou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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