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A cesta básica de Feira de Santana custou R$ 426,73 em setembro, o que representou um aumento de 0,53% em relação ao valor observado em agosto. No trimestre, a elevação do valor da cesta foi de 1,16%, e, nos últimos 12 meses, a elevação alcançou 14,22%. Nesses últimos 12 meses, o único alimento (dentre aqueles que compõem a cesta) que registrou queda de preço foi o leite (queda de 3,26%). O tomate, por sua vez, manteve-se no com o mesmo preço médio observado em setembro de 2020. Os demais alimentos registraram elevação dos seus preços médios nos últimos 12 meses: as maiores altas foram contabilizadas no café (35,52%), manteiga (25,68%) e no açúcar (23,69%).
A equipe de professores e alunos do curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), que trabalha no Programa "Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos", alerta para a importância do incremento do preço médio da carne nos últimos 12 meses, de 10,48%, pois se trata do alimento com maior impacto no bolso do cidadão feirense. A razão disso decorre do alto peso do custo da carne na cesta básica de Feira de Santana. Em setembro, a participação do custo da carne no conjunto dos alimentos que compõem a cesta básica foi de 30,35%. Ou seja, o feirense gasta quase um terço do valor destinado à compra dos produtos da cesta apenas com a aquisição da carne.
Mantendo o foco no mês de setembro, os produtos que apresentaram maiores altas nos seus preços médios foram a manteiga (4,85%), o café (4,06%), o açúcar (3,80%), o pão (3,23%) e a banana (2,54%). A maior queda de preço ficou com o tomate (-6,40%). Os demais produtos registraram variações inferiores, para mais ou para menos, a 2,00%. Considerando o peso do custo da carne na cesta básica, vale ressaltar que esse alimento teve uma pequena elevação no seu preço médio, de 0,03%.
Os três alimentos básicos que compõem o prato de almoço, arroz, feijão e carne, foram responsáveis por 41,80% do valor da cesta básica em setembro. Já o café da manhã tradicional, pão, manteiga, leite e café, representou 30,72%. Juntas, as duas refeições responderam por 72,52% do valor da cesta. Percentual pouco maior que o calculado no mês anterior (71,88%). A cesta básica comprometeu 41,94% do salário mínimo líquido (salário com o desconto previdenciário – R$ 1.017,50).
Em termos de tempo de trabalho gasto para a compra dos produtos da cesta, constatou-se um dispêndio de 92 horas e 15 minutos. Foram 29 minutos a mais de tempo de trabalho gasto para esse fim que o observado no mês de agosto. O que se percebe ao longo do ano de 2021 é que, paulatinamente, o trabalhador feirense vem precisando gastar mais tempo de trabalho para a compra da cesta básica, ou seja, em janeiro de 2021, o tempo necessário para a aquisição dos mesmos produtos, nas mesmas quantidades, foi de 90 horas e 10 minutos. Hoje, o trabalhador de Feira de Santana gasta duas horas e cinco minutos a mais para adquirir a cesta básica.