Feira de Santana

Cerca de 30 pessoas apresentam sintomas de chikungunya em bairro de Feira de Santana

O gerente de endemias Edvaldo Correia esteve no local a convite do Acorda Cidade.

Daniela Cardoso e Ney Silva

Os moradores do bairro São João próximo ao ex-combatente, em Feira de Santana, estão preocupados com o crescimento de casos de chikungunya e alguns de dengue. Eles informaram ao Acorda Cidade que em duas ruas já tem quase 30 pessoas com sintomas dessas arboviroses e reclamam da falta de estrutura da Vigilância Epidemiológica, que não tem enviado agentes de endemias ao local para atender a comunidade.

A dona de casa Carmem Magalhães está sofrendo bastante há cerca de um mês por causa da chikungunya. Ela ficou internada durante dois dias e mesmo após ter alta médica, ainda sente muitas dores e precisa tomar várias medicações ao longo do dia.

“Desde o dia 28 de abril que sinto dores, febre, estive dois dias internada, tenho relatório médico, tenho as receitas em mãos, tomei muito soro e ainda sinto muita dor. Fiz o teste e deu positivo para chikungunya. Aqui na rua tem muitas casas abandonadas e até com piscinas que estão com focos do mosquito”, afirmou.

A técnica de enfermagem Rosana Coelho quase perdia o marido que é cardiopata e teve chikungunya. Ela afirma que também foi acometida pela doença e que sentiu muito medo.

“Meu esposo foi acometido pela chikungunya que fez a imunidade dele baixar, por ele ser cardíaco o sódio baixou e eu vivi uma situação muito preocupante. Eu também fui acometida por essa doença, fiquei com muito medo, pois estamos vivendo uma pandemia, é complicado ir a hospitais. Meu marido ainda está com os tornozelos e as pernas doendo e a vigilância epidemiológica não passa aqui há muito tempo”, disse.

A enfermeira Luana Freitas, que mora na Rua 1º de Maio, acredita que o crescimento de casos de arboviroses no local ocorre devido a um grande número de casas fechadas.

“É muita casa fechada, casas com piscina e muita gente doente. Estou com chikungunya e meu filho está com dengue. São mais de 25 pessoas aqui com essas doenças e o pessoal de endemias não passa. Não está tendo visita nas casas e a gente está sofrendo com essa situação. Somente na Rua 1º de Maio são cerca de oito casas fechadas que podem ter focos de dengue”, afirmou.

O gerente de endemias Edvaldo Correia esteve no local a convite do Acorda Cidade. Ele confirma que existe um crescimento de casos de dengue, zika e chikungunya, mas disse que no caso do bairro São João não teria sido por causa das residências fechadas.

“Feira está passando por problema de dengue e chikungunya. Os moradores estão se queixando que muitas pessoas estão doentes, tem casas fechadas com piscinas e a gente está fazendo visita nas casas, orientando os moradores, anotamos os números das casas fechadas para entramos em contato com as imobiliárias para adentrar nos imóveis e verificar a situação. Os agentes de endemias vêm fazendo a parte deles, passando, mas casas e às vezes as pessoas estão trabalhando e não veem. Com relação ao fumacê, a gente está fazendo o bloqueio em alguns locais, já que em Feira de Santana muitos bairros estão com problemas”, disse.

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