Gabriel Gonçalves
Na última quinta-feira (18), as empresas de ônibus Rosa e São João, que prestam serviço de transporte público urbano em Feira de Santana, anunciaram a abertura de Programa de Demissão Voluntária (PDV), com vagas limitadas.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Alberto Nery, informou que, até o momento, 26 funcionários das duas empresas já aderiram ao Programa.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
"Tivemos conhecimento no dia de ontem que a empresa São João teve a adesão de 11 trabalhadores, oito motoristas e três cobradores. Pela empresa Rosa foram 15 rodoviários, totalizando 26, mas é importante salientar que existe um limite de 30 funcionários por empresa", explicou.
Ainda segundo o presidente do sindicato, todos os trabalhadores que receberam o auxílio do Governo Federal durante o período de afastamento das atividades terão descontos no seguro-desemprego.
"Eu tenho chamado a atenção dos trabalhadores com relação a essa proposta do PDV. É preciso ter um cuidado porque o trabalhador que fez parte do plano do Governo Federal recebendo auxílio, os valores que foram depositados serão descontados no seguro-desemprego. Então as pessoas precisam ter esse conhecimento para que depois não venham até a entidade reclamar que ficaram sem receber, porque eu sempre digo que o Governo não dá nada de graça. Eles já estavam antecipando o seguro em consequência da pandemia", ressaltou.
Frota atual circulando na cidade
De acordo com Alberto Nery, 247 ônibus deveriam estar circulando no município, mas apenas 138 estão compondo a frota.
"O que deveria estar circulando na cidade de acordo com o edital seriam 123 veículos da empresa São João e 124 da Empresa Rosa, totalizando 247 veículos com uma frota reserva entre 5 à 10%, mas o número que temos hoje são 68 ônibus da empresa São João e aproximadamente 70 veículos da Rosa, no total 138 ônibus. Em média temos 100 veículos a menos em circulação e sabemos que, por conta da pandemia, não está tendo aulas, mas acredito que muitos serviços já retornaram à normalidade, com exceção dessas duas semanas em virtude do decreto estadual com o toque de recolher. Esperamos que as coisas possam normalizar o mais breve possível e que o sistema possa voltar à sua normalidade", disse ao Acorda Cidade.
Ainda segundo o presidente, é possível que a frota não volte em sua totalidade. "Acreditamos que a frota não volte ao número de 248 veículos como era anteriormente, mas analisamos que há uma necessidade urgente e, principalmente nos horários de pico, para evitar aglomerações dentro dos ônibus, ocasionando mais contágios da doença", concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade