Na manhã desta sexta-feira (5), a Princesa do Sertão ganhou mais um equipamento ligado à saúde das gestantes e de seus bebês, a Casa de Parto da Fundação Hospitalar de Feira de Santana (FHFS), que já está em funcionamento 24h a partir de hoje. A unidade fica localizada no bairro Feira Vll, onde também aconteceu a cerimônia de inauguração. Serão cerca de 20 partos por semana.
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Participaram da abertura políticos, secretários municipais, agentes de saúde do município, gestores da área, além da comunidade que compareceu para prestigiar o mais novo serviço.
A coordenadora da Casa de Parto, Siomara Souza, que também é enfermeira obstetra, falou ao Acorda Cidade sobre a nova estrutura e como devem funcionar os atendimentos. Inicialmente serão atendidas apenas gestantes de Feira de Santana.
“Nós temos três quartos porque Casa de Parto, o certo é ter três ou cinco quartos, e nós estamos dentro do padrão que o Ministério da Saúde exige. Três quartos PPP, que a mulher fica no trabalho de parto, no parto e depois no puerpério. Fica aqui 24 horas após o parto. Se estiver tudo bem com ela e o bebê”, explicou.
Segundo a coordenadora, o atendimento será realizado apenas por enfermeiras obstetras treinadas e com experiência. Ela, que atua na área há 30 anos, já trabalhou no Hospital da Mulher e em outras unidades de saúde. Emocionada, ela diz que essa conquista é um sonho realizado para os profissionais da área.
Siomara confirmou o perfil de gestantes que devem ser atendidas.
“São duas enfermeiras por plantão, a técnica de enfermagem, recepcionista. A gente já vai inaugurar e quem quiser parir aqui, pode. São pacientes de risco habitual, que não tenham comorbidade, pressão alta, diabetes. Esse é o perfil de quem pode parir aqui. A partir de até quarenta semanas de gestação”.
Em casos de urgência, uma ambulância 24h também ficará à disposição para transferências.
A ginecologista, Adenilda Martins, primeira dama do município, participou da inauguração. Ela ressaltou a importância do espaço para atender gestantes que não necessitam de um atendimento hospitalar.
“Estou muito contente porque as mulheres de Feira de Santana acabam de receber um local que é o ideal para aquelas mulheres que não necessitam de uma atenção em hospital. Elas serão muito bem assistidas, temos todo o material necessário para dar a melhor atenção à mãe, ao familiar e ao recém-nascido e quando por acaso for diagnosticado uma necessidade de um encaminhamento para um hospital, o nosso serviço, está ligado diretamente ao Hospital da Mulher”, explicou.
Ao Acorda Cidade, o prefeito Colbert Martins, ressaltou o alcance do atendimento do Hospital da Mulher, que atende atualmente, cerca de 78 municípios de porta aberta, diferentemente do Hospital Estadual da Criança (HEC), que atende em sua maternidade, gestantes com alto risco apenas via regulação.
Colbert declarou que o Hospital Dom Pedro de Alcântara e o Hospital Geral Clériston Andrade fecharam suas maternidades. “Assistência materna e infantil, nós somos os maiores comprometidos com isso”, disse.
Segundo o prefeito, a prefeitura investiu cerca de 800 mil reais para a implantação da Casa. Entretanto, muitos equipamentos foram emprestados pelo Hospital da Mulher. Ele falou também sobre a localização da unidade, que fica distante do centro da cidade.
“Mas nós vamos adquirir equipamentos novos aqui também, até porque a nossa ideia é ampliar de três para cinco leitos. O objetivo nosso é atendimento às mulheres e nessa região foi identificado um vazio nesse atendimento. É uma decisão do Ministério da Saúde, da Prefeitura de Feira de Santana, essa instalação. Moderna, ampla, funcional e com muita qualidade”, frisou.
A presidente da FHFS, Gilberte Lucas, também pontuou a importância da unidade em uma localização específica da cidade que deve atingir os bairros Panorama, Tomba, Liberdade, Feira Vll e região.
“Hoje com essa estrutura a gente consegue vincular também a atenção básica, porque existem critérios para atendimento para a Casa de Parto. Quando você vincula a Casa de Parto a uma maternidade, você faz todo o acompanhamento conforme a portaria do Ministério da Saúde. Por exemplo, a Casa de Parto ela tem que ser 20 minutos da maternidade, aqui pela pista, ambulância chega ao Hospital da Mulher em 20 minutos. Então, tudo isso foi feito com critério e responsabilidade”, disse.
Gilberte reforçou o sistema integrando explicando que as gestantes que tiverem alta na unidade, já vão sair de lá com a consulta com pediatra agendada para a mesma semana, o que deve facilitar o atendimento às gestantes e bebês.
Como os partos serão normais, com alta prevista de 24h para as pacientes, Gilberte confirma que devem ser realizados cerca de 20 partos por semana.
“Aquela gestante que fez as seis consultas de pré-natal, que não teve cesárea anteriormente, gestantes que não tem nenhum alto risco como hipertensão, diabetes, tudo isso é a importância desses próximos dias que nossa equipe e a enfermeira obstetra técnica daqui da unidade vai estar conversando com as enfermeiras da atenção básica. É claro que se tiver uma gestante em trabalho de parto em casa e que não tenha nenhum risco, ela pode ser direcionada para aqui também”, acrescentou.
A enfermeira obstetra, Fernanda Machado, vai participar do primeiro plantão da Casa de Parto. Ao Acorda Cidade, ela falou da grande alegria em participar da prestação desse serviço. Ao todo serão 10 enfermeiras e cinco técnicas de enfermagem.
“É uma emoção muito grande para mim, principalmente eu que nasci no Hospital da Mulher e hoje sou enfermeira do quadro da unidade de saúde e também da Casa de Parto. Me sinto extremamente orgulhosa e honrada em participar dessa jornada. Estamos todos emocionados com essa conquista muito grande para a enfermagem obstétrica, para todas as mulheres e as gestantes do município de Feira de Santana”, declarou.
Dentre os equipamentos de última geração, há o cavalinho e uma banheira especializada para o atendimento das gestantes.
“A banheira pode ser utilizada tanto para o parto, quanto para a preparação, para o conforto da paciente no momento do trabalho de parto, para alívio da dor e para o próprio nascimento. O cavalinho também é um equipamento que a gente pode utilizar para medidas de conforto, para alívio, para a progressão do trabalho de parto, para estimular a verticalização durante todo o trabalho”, explicou a enfermeira.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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