Laiane Cruz
Devido às pancadas de chuva que incidiram sobre Feira de Santana, na tarde desta terça-feira (30), cerca de 10 árvores de grande porte caíram na Avenida Transnordestina na área do Conjunto Feira VI, próximo à Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
No caminho 1, do Conjunto Feira VI, que fica próximo à Transnordestina, três imóveis foram atingidos. Parte dos galhos atingiu fios de alta tensão, deixando os moradores sem energia elétrica.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
Já na rodovia, outras árvores derrubaram placas e interditaram um trecho da rodovia. O trânsito ficou congestionado no local, formando um engarrafamento de aproximadamente 3,5 km.
A Polícia Rodoviária Federal está no local para organizar o tráfego de veículos. Equipes da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) também foram acionadas e realizam a remoção das árvores com equipamentos.
De acordo com o PRF, Emerson Fontes, o incidente ocorreu por volta das 13h45, e segundo clientes de um restaurante das redondezas, as árvores foram atingidas por raio e fortes ventos.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
“Estamos desviando o trânsito, que os usuários tenham paciência, que estamos correndo pra liberar a via. O transtorno maior é de cerca de 700 metros de desvio. Na via é permitido 60 km/h, mas os usuários estão a 10km/h, e criou-se um engarrafamento de pelo menos 3,5 km. Chegamos ao local e disseram que foi um raio. Algumas pessoas estavam em um restaurante aqui perto e vieram nos informar que ouviram um estrondo muito grande e as árvores foram caindo e também teve um vento muito forte na região. Estamos fazendo a remoção das árvores e vai ter a retirada de uma árvore que está pendendo”, informou o policial.
O diretor do Departamento de Áreas Verdes da Sesp, João Falcão, informou que assim que a secretaria foi acionada, se deslocou para o local e iniciou o trabalho de retirada das árvores. “Uma dessas árvores, a maioria eucaliptos, chegou a obstruir a pista da avenida.”
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
De acordo com Dionara Veiga, moradora do Conjunto Feira VI, uma das árvores atingiu a casa da mãe dela, na Rua 1, deixando parte do telhado danificado.
“O susto foi grande, eu não estava em casa. Meu irmão ligou dizendo que uma árvore caiu em cima da casa da minha mãe. Eu vim desesperada, porque a fiação de alta tensão partiu, e causou um curto-circuito, ela estando dentro de casa, e meu irmão tirando o carro e no desespero, querendo voltar pra tirar ela. Dentro de casa, aparentemente, nada ficou destruído”, afirmou.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
Ela disse ainda que já havia solicitado a poda da árvore que caiu à prefeitura, mas as equipes apenas podavam os galhos.
“Essa árvore, a gente tem o registro de ter pedido à prefeitura pra vir cortar, e a prefeitura sempre alegando que não podia. Vinha podar os galhos para livrar dos fios e não cortou, agora a chuva derrubou.”
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
De acordo com o diretor do Departamento de Áreas Verdes, João Falcão, além da avenida Transnordestina, houve ocorrências na Avenida Getúlio Vargas, onde caiu a parte de um Ipê, João Paulo e no Tomba.
"São árvores frondosas, a exemplo de uma castanheira antiga, uma idade razoável e muito próxima das casas. E uma coisa que a gente defende é que árvores próximas a prédios, fiações, tubulação, o plantio tem que ser de árvores adaptadas, que não cresçam a ponto de mexer nas estruturas."
Sobre o imóvel atingido no Parque Ipê, ele informou que a equipe está trabalhando para retirar. "Estamos trabalhando o mais rápido possível para retirar a árvore sobre a casa. É uma árvore grande, pelo caule dela, deve ter uns 30 a 40 anos. Ela é pesada, a gente está diminuindo o volume e o peso. O tempo é difícil de definir, mas vamos ficar até terminar", disse.
A coordenadora da Defesa Civil, Ana Karoline Rebouças, afirmou que essa foi uma situação que nunca ocorreu em Feira.
"Houve um vento muito forte, uma chuva rápida de 10 a 15 minutos, mas com um volume que a gente ainda não tem precisão. Mas a gente está colhendo esses dados para saber a quantidade certa de milímetros que caiu no município. A equipe da Sesp informou que são árvores antigas, de grande porte, e como ventou muito, pode ter sido em decorrência disso. Passamos por alguns bairros onde sempre tem ocorrências. Na Queimadinha, a gente passou e viu que mais cedo estava com bastante água e depois escoou. Passamos também pelo Feira VI, pelo centro da cidade, pelo Tomba. Teve uma casa que o vento carregou as telhas, a gente fez o atendimento e agora estamos no Feira VI verificando a questão das árvores que caíram."
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.