Sexta-Feira Santa

Celebração da Sexta-Feira Santa é realizada sem procissão do Senhor Morto

Tradicionalmente, após a celebração, é realizada a procissão do Senhor Morto e o beijo da Cruz. De acordo com o Frei Mário Sérgio, esse ato devocional não pôde ser realizado pelo risco de contaminação do novo coronavírus.

Gabriel Gonçalves

Neste ano, por conta da pandemia da covid-19, a procissão do Senhor Morto, que sempre acontece na Sexta-Feira da Paixão, com centenas de fiéis percorrendo as principais avenidas de Feira de Santana, não pôde ser realizada.

Na Paróquia Santo Antônio dos Capuchinhos, a celebração foi realizada pelo Frei Mário Sérgio. Segundo ele, na Sexta da Paixão, não se celebrada nenhum tipo de sacramento, pois é um momento de oração.

"Realizamos aqui a Sexta-Feira da Paixão com o Ato Litúrgico da Cruz do Senhor. Não celebramos missa, porque nesta sexta-feira, celebramos a morte de Jesus, é um dia em que a igreja não celebra nenhum tipo de sacramento, realizamos o momento de oração, uma oração universal e a igreja nos orienta que tenhamos 10 pedidos para fazer. Essa celebração é marcada pelo evangelho da Paixão de Jesus, onde relata a sua entrega e morte, mas, embora não se celebre a missa, celebramos esse ato litúrgico, onde há a comunhão Eucarística", disse.

Foto: Igreja dos Capuchinhos

Tradicionalmente, após a celebração, é realizada a procissão do Senhor Morto e o beijo da Cruz. De acordo com o Frei Mário Sérgio, esse ato devocional não pôde ser realizado pelo risco de contaminação do novo coronavírus.

"Por conta da pandemia, não foi possível fazer o beijo da Cruz que é tradicional, assim como a procissão do Senhor Morto. Mas celebramos com todo empenho, com toda a dedicação, lembrando que embora o Cristo morre na Cruz, morre por amor, porque o amor está no centro da vida de Jesus, é uma entrega, ele é o servo sofredor que se entrega por amor à humanidade. Queremos dizer que a vida não acaba na Cruz, a vida não termina na Cruz, por isso que a celebração do Sábado Santo, é a celebração da Vigília Pascoal, a maior, mais importante e mais sublime de todo ciclo litúrgico católico, porque proclamamos a vida que vence, a passagem da morte para a vida, o que chamamos de Páscoa", concluiu.

Fotos: Igreja dos Capuchinhos

Com informações da produtora Maylla Nunes

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