Rachel Pinto
Seguindo os protocolos sanitários e de distanciamento social, assim como as recomendações dos decretos municipal e estadual, católicos compareceram na manhã deste domingo (28), na Catedral de Santana, Igreja da Matriz em Feira de Santana, para participar da missa de Domingo de Ramos.
Foto: Gabriel Gonçalves/Acorda Cidade
A celebração marca o início da Semana Santa e a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e tradicionalmente era marcada por uma multidão de fieis que ocupavam toda a praça. Assim, como no ano passado, a missa de Domingo de Ramos, passou por algumas mudanças devido a pandemia da covid-19. Neste domingo, poucas pessoas estiveram presentes na missa, mas não deixaram de expressar a fé e esperança em dias melhores.
O arcebispo metropolitano, Dom Zanoni, disse que a Semana Santa é a grande semana para os católicos e o momento em que todos são chamados a seguir os passos de Jesus, que é o centro da fé católica.
Foto: Gabriel Gonçalves/Acorda Cidade
“É esse momento em que iniciamos um grande grito: ‘Hosana, oh feliz da vida, salva-nos Senhor!’ Esse grito está presente em toda a história da salvação, a bíblia toda está marcada por esta clamação. Creio que nós também vivemos um momento de grito, ‘Salva-nos senhor dessa pandemia!’. A liturgia de hoje celebra também o grito de Jesus: ‘Meu Deus, por que me abandonaste?’. Não é uma realidade de desesperança, mas de confiança total em Deus que nos salva pela cruz e ressurreição”, afirmou.
Foto: Gabriel Gonçalves/Acorda Cidade
O símbolo da missa de Domingo de Ramos, é um ramo de palmeira ou coqueiro que é levado pelos fieis. Dom Zanoni comentou que esse símbolo relembra o dilúvio, quando a água baixou e surgiu o sinal que tinha vida. Voltaram a alegria e a esperança. Para ele, aclamar Jesus como Salvador, como o messias esperado, é compreender que o serviço aos pobres, a preocupação com as pessoas, a solidariedade são o modo de cuidar e de zelar, principalmente neste momento de pandemia, onde há a negação da vida, o desrespeito às pessoas. O religioso declarou que a hora é para todos se unirem e seguirem os passos de Jesus.
Foto: Gabriel Gonçalves/Acorda Cidade
“Também é um momento de solidariedade, partilha, de compromisso com os pobres. Nós católicos somos chamados a colocar a nossa oferta generosa para que as pessoas sejam acolhidas, cuidadas, que os pobres tenham o necessário para comer”, frisou.
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Irmã Rosa, diretora do Dispensário Santana, também esteve na missa de Domingo de Ramos, ela afirmou que a Semana Santa aprofunda o amor de Deus na vivência cristã nesse contexto em que todos não podem estar juntos presencialmente, ela convidou que todos os católicos que possam imaginar a celebração como o que ocorreu em Jerusalém, uma multidão seguindo Jesus, e assim que possam viver e sentir a fé.
Foto: Gabriel Gonçalves/Acorda Cidade
“Essa experiência de fé nos faz sentir mais e acredito em um Deus que caminha com a gente, que exerce essa parceria de dia a dia e nos faz sentir mais presentes em nossas vidas. Evidentemente, esse sofrimento, essa angústia, essas aflições , tribulaçãoes, pelas quais o mundo inteiro atravessa não somos nós somente, nos permitem viver mais na unidade, nos permitem mais crescer nesse espírito de solidariedade fraterna, diante do sofrimento, das dores pelas quais a humanidade enfrenta, mas acima de tudo, nos faz sentir mais um Deus presente em nossas vidas”, relatou.
A religiosa declarou que a obediência a todas as restrições é uma forma de proteger a vida física e espiritual.
“Não temos como limitar, não temos como colocar condições, porque a fé que cada um professa é em Jesus Cristo e Jesus Cristo atualiza o seu sofrimento nisso tudo que nós estamos vivenciando, nós atualizamos o sofrimento de Cristo em tudo isso que estamos vivenciando”, afirmou.
O católico João Francisco Vasconcelos Santos, integra o terço dos homens e participa todos os anos da missa de Domingo e Ramos. Ele contou que o pedido de hoje foi para que a pandemia da covid-19 passe logo.
Foto: Gabriel Gonçalves/Acorda Cidade
“ A missa foi um momento muito emocionante. Pedi a Deus que nos livre dessa doença e com fé em Deus no próximo ano estaremos todos juntos, vivenciando outro momento”, ressaltou.
Os fieis que participaram da missa na Catedral de Santana, fizeram o agendamento prévio.
Com informações do repórter Gabriel Gonçalves do Acorda Cidade.
