Nesta sexta-feira (27), algumas religiões de matriz africana celebram os “Erês ou Ibjis”, entidades crianças e gêmeas. Na quinta, dia 26, junto a igreja católica foram celebrados o Dia de Cosme e Damião, os santos gêmeos. Desde ontem, a tradição que perpassa os saberes da cultura ancestral negra, o tradicional Caruru, foi realizada em várias casas, terreiros e espaços do estado.
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Nesta época, a Feirinha da Estação Nova, em Feira de Santana, registra uma maior procura pelos ingredientes da iguaria e foi justamente no entreposto comercial que a reportagem do Acorda Cidade conheceu duas irmãs gêmeas, Vanessa e Vanusa, que estavam comercializando os produtos.
Ao Acorda Cidade as irmãs falaram sobre a procura dos clientes para o preparo dos carurus e detalhou a média de preço nesta sexta-feira (27), dia de realizar a tradição de oferecer o “Caruru dos sete meninos”. Elas vendem os produtos, mas não realizam a tradição.
O quiabo que subiu de preço nos últimos dias, assim como o camarão e a castanha, estava custando a bacia com 30 unidades, R$ 5 e o cento é R$ 20. Até ontem o cento saia por R$ 15, como explicou Vanusa Daquino.
Para algumas vendedoras, as vendas caíram 100% e com o passar dos anos a tradição tem perdido força entre a população. Antigamente no dia 27 de setembro, em muitos bairros da cidade poderia encontrar famílias distribuindo doces e o caruru, mas atualmente, essa é uma tradição que não é mais tão presente na cidade, como relataram as comerciantes.
“Caíram 100%”, disse Vanusa. “O pessoal não realiza tanto assim, mas não”, disse outra vendedora.
Vanessa também destacou que o quiabo, componente fundamental do prato, vem da região de Santo Estevão. As irmãs comercializam frutas e verduras na feirinha.
Neste dia 27 de setembro, o Caruru de São Cosme e Damião foi reconhecido oficialmente como patrimônio imaterial da Bahia, medida importante para resguardar a cultura e tradição que fazem parte da identidade do povo brasileiro.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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