Na manhã desta quarta-feira (11), candidatos que realizaram o processo Seletivo Simplificado para professor via Regime Especial de Direito Administrativo (Reda), da prefeitura de Feira de Santana, retornaram a Câmara Municipal para cobrar a anulação da prova. No dia 28 de setembro e no dia 5 de outubro, eles estiveram na Casa da Cidadania buscando solução para os problemas que enfrentam desde a divulgação do edital.
A princípio, quando foi divulgado o processo, os professores criticaram o edital por apresentar um curto período entre as datas para a preparação, inscrição, avaliação e envio de documentos.
Além disso, no decorrer do certame os candidatos encontraram erros nas informações das provas, bem como na forma como o processo foi aplicado. Inclusive, na primeira data em que estava marcada para ocorrer a avaliação, dia 17 de setembro, houve o cancelamento por essas questões e por haver conteúdos que não foram cobrados no edital.
Ao Acorda Cidade, uma professora reforçou que várias irregularidades foram encontradas novamente na prova, que foi aplicada no dia 24 de setembro, e por isso elas querem o cancelamento. “Nós queremos o cancelamento dessa prova. A prova veio com questões que não fazem muito sentido para a área de educação”, disse a candidata.
O vereador Jhonatas Monteiro (Psol) também esteve presente e prestou apoio às candidatas. Ele apontou os erros que ocorreram por parte dos responsáveis pelo processo e também cobrou explicações da prefeitura pelos erros cometidos pela banca MS Concursos.
“Nossa expectativa é que no mínimo a Secretaria de Educação responda diante dos problemas que foram apontados nesta seleção pública. Como a própria sociedade acompanhou, foi uma seleção que teve a prova suspensa um dia, remarcada para o outro, que as pessoas têm apontado problemas com a questão dos prazos previstos no edital, com a divulgação do gabarito, que são as respostas oficiais, apresentaram problema, com o tempo de recurso para que as pessoas pudessem se manifestar diante disso, então várias situações passando pelo fato de que foi um processo com mais de 3 mil inscritos que só classificou cerca de 20, então tem realmente vários pontos que precisam de esclarecimento por parte da gestão do município, da secretária Anaci Paim e do prefeito Colbert Martins”, cobrou.
Jhonatas Monteiro enfatizou o apoio jurídico aos professores e explicou que quem vai determinar a anulação da prova é o judiciário.
“Hoje já existe uma judicialização em relação a isso, com um pedido de liminar para a suspensão desta seleção pública e para que ela seja refeita em outros marcos, então quem vai dizer da possibilidade de cancelamento é o judiciário”, disse ao Acorda Cidade.
O vereador relembrou que já é a terceira vez que os candidatos se manifestam na Câmara, mas que hoje, eles entram de forma oficial na tribuna para cobrar soluções. Jonathas disse que a expectativa é que após essa movimentação, haja uma sensibilidade para que alguém do governo se pronuncie, já que até então o que tem imperado é o silêncio.
“Evidente que a gente espera, inclusive enquanto Comissão de Educação e Cultura que haja uma saída negociada para isso, ainda administrativa a partir de um diálogo com a Secretaria de Educação, mas infelizmente até o presente momento, a secretária não atendeu nenhum dos nossos contatos, nem por telefone, nem por mensagem e a expectativa é que isso ocorra, no mínimo uma reunião com as pessoas que foram candidatas”, declarou.
O Acorda Cidade está em contato com a Secretaria Municipal de Educação para obter mais esclarecimentos sobre o assunto.
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Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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