Educação

Campus da UFRB é "embrião para a Universidade Federal de Feira de Santana", declara diretor do Cetens

Dentro do projeto de expansão do Cetens, existe a expectativa de construção de um restaurante universitário e de uma residência.

UFRB Feira cetens
Foto: Divulgação/Reprodução/Maps

Com dez anos em Feira de Santana, o Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (Cetens) – campus da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) no município, é um “embrião de um projeto civilizatório bem maior: a Universidade Federal de Feira de Santana”. A opinião é do professor Jacson Machado, diretor do campus. Ele esteve na sessão especial em comemoração ao 10º aniversário da instituição, promovida pela Câmara Municipal nesta sexta-feira (29).

Com cerca de 1.200 alunos matriculados em cursos de ciência e tecnologia e ciências sociais aplicadas, o Cetens tem potencial acadêmico para uma expansão definitiva, afirma o diretor. Há, inclusive, a possibilidade de doação de um patrimônio estimado em R$ 200 milhões pelo ex-reitor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e fundador do Serviço de Integração de Migrantes (SIM), Josué Melo. Para tanto, Jacson Machado reforça a necessidade de apoio do Poder Público e sustenta que “a cada R$ 1 milhão investidos em uma Universidade Federal, são retornados R$ 5 milhões em geração de emprego, renda e desenvolvimento sustentável”.

Dentro do projeto de expansão do Cetens, existe a expectativa de construção de um restaurante universitário e de uma residência que possibilite a permanência dos discentes na instituição, afirma a primeira professora do campus e ex-diretora de implantação do Cetens, Tatiana Velloso. Primeira dama da Bahia, ela diz que as novas instalações também precisam de investimentos para que sejam oferecidas toda a infraestrutura material e imaterial necessárias para as ações de pesquisa e extensão. Assim, a Universidade “terá o tamanho dos nossos sonhos, do nosso amor por esta terra e do compromisso com este povo”, completa a ex-diretora do campus, Susana Couto Pimentel.

Inclusão e sustentabilidade

Tendo a inclusão e a sustentabilidade como dois dos principais pilares da contribuição da UFRB para a sociedade, os projetos desenvolvidos pelos alunos e professores do Cetens cumprem com a missão de trazer novas propostas para as relações humanas com o meio ambiente, opina o Professor Ivamberg (PT).

Após participar da comitiva de vereadores da Câmara que realizou uma visita guiada pelo campus, o parlamentar afirma que certificou-se do compromisso desta comunidade acadêmica com a formação humanística, economia solidária, respeito às especificidades locais e acessibilidade. Características que, somadas ao perfil de estudantes composto em 84% de negros e pardos e 27% de residentes de áreas rurais, tornam esta instituição de ensino única, destaca Ivamberg. Com “teor inovador e transgressor” o Cetens “é um centro de ensino com compromisso com o futuro, com o nosso território e com o nosso lugar de origem”, evidencia a reitora da UFRB, Georgina Gonçalves.

Recursos financeiros

Por iniciativa do deputado federal Zé Neto (PT), serão destinados R$ 1 milhão em emendas para o campus. “Vamos trabalhar para continuar esta caminhada em prol da UFRB e da educação”. Ainda, o encaminhamento de R$ 2 milhões serão pautados pela deputada Lídice da Mata (PSB) em projeto da bancada federal.

A sessão especial foi conduzida pelo vereador Professor Ivamberg, que compôs a Mesa de Honra ao lado do deputado Zé Neto, de Georgina Gonçalves, Jacson Machado, Tatiana Velloso e Susana Couto Pimentel. No evento, todos estes foram homenageados com a entrega de uma placa alusiva aos 10 anos da UFRB em Feira de Santana. A placa também foi concedida ao vice-reitor, Fábio Josué Souza dos Santos; ao vice-diretor, Odair Vieira dos Santos; professor Silvio Luiz de Oliveira; Paulo Gabriel; aos ex-vice diretores Sergio Anunciação Rocha e Jacira Teixeira Castro; à Conceição Borges; Jefferson Nascimento de Brito; Nilson Antônio Ferreira; Maria Helena Amaral; Josué Mello; Joacir Ferreira dos Santos; Lorena dos Santos Santana; João Baptista e à presidente do Legislativo feirense, vereadora Eremita Mota (PSDB).

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Everaldo Goes

Tenho certeza que o professor Machado não usou o termo “civilizatório” com o viés da justificativa do dominador eurocentrista.
De qualquer forma, a UFRB já é uma realidade em Feira de Santana e, de mãos dadas com a UEFS e com as particulares, é importante vetor de desenvolvimento do interior do Estado.

Leticia Cerqueira

Falta de respeito com a Educação do Campo

JACKELINE SILVA LOPES

A Federal de Feira é um “projeto civilizatório para Feira” em pleno século XXI? Deixa eu colocar a cabeça fora da minha caverna para ver se eu li direito… Alguém avisa ao Sr Jacson Machado que: 1 – o discurso civilizatório é colonizador e já superado no meio acadêmico; 2 – Feira de Santana já tem uma Universidade que há 47 anos vem contribuindo para o desenvolvimento social, cultural e econômico de Feira, de modo que já superamos esta fase embrionária do ensino superior na cidade. Mas, como professora desta renomada instituição que é a Uefs, estou certa de que Feira merece mais uma Universidade pública e que a comunidade da UEFS não medirá esforços em apoiar sua implantação. Que venha a Federal de Feira!!!!

Antônio Carlos Sena

Sabias palavras professora, e para tanto concordo em parte, pois creio que uma nova universidade poderia ser criada em territórios vizinhos, Chapada, Jacuípe etc.