Feira de Santana

Campanha de conscientização sobre abuso contra mulheres durante gestação e parto é realizada em Feira de Santana

O evento foi realizado na Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres.

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Foto: Divulgação

A campanha “Quebrando o Silêncio”, que tem como objetivo divulgar a mobilização contra a violência obstétrica, e que reúne voluntários em todo o Brasil para alertar sobre a prevenção e combate ao abuso contra mulheres durante a gestação e o parto, foi realizada ontem (15) no município de Feira de Santana.

O encontro foi realizado na Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, localizada na Rua Castro Alves, bairro Brasília e reuniu muitas mulheres.

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O projeto “Quebrando o Silêncio” é uma iniciativa anual da Igreja Adventista do Sétimo Dia desde 2002. A ideia da ação voluntária é contribuir para a luta contra diversos tipos de abusos.

O Acorda Cidade conversou com a coordenadora do projeto, Claudia Oliveira, que destacou qual o principal objetivo da campanha.

“Entendendo que somos mulheres e temos um braço no governo, em uma entidade pública que auxilia mulheres em dificuldades, mulheres, um público vulnerável desta campanha, então ao unirmos à Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, nós estamos estendendo para alcançar mais mulheres, não só aqui no município de Feira de Santana, mas também na região. Hoje se nós pensarmos em números, podemos dizer que uma a cada quatro mulheres, pelo menos, já sofreu a violência obstétrica. Então compreende o período que ela fica grávida, são nove meses, e aqui ela tem direito ao acompanhamento familiar, a gente sabe que o planejamento familiar é estendido para ela, então ela tem o período do parto, propriamente dito e o pós-parto, então é um grande momento para esta mulher, e neste intervalo de tempo, ela pode sofrer essa violência, seja com palavras, seja com ações durante este período que ela está vulnerável”, informou.

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De acordo com Claudia Oliveira, este é um momento muito significante para uma mulher, principalmente quando se trata da primeira gestação e surgem os desafios.

“Nós sabemos que é um momento que ela sonha em ser mãe, então ela tem a expectativa de ser mãe, mas a própria fisiologia dela é modificada, o seu físico sofre alterações, ela precisa estar com o corpo preparado para receber este novo ser que está em desenvolvimento, então existem os desconfortos naturais que este período provoca, como enjoos, nós temos algumas que ficam de repouso durante a gestação, então os desafios são desconfortos físicos e biológicos que elas encontram por conta da transformação do seu corpo”, pontuou.

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Segundo a coordenadora, no Brasil, cerca de 36% das gestantes sofre algum tipo de violência.

“Nós temos um dado aqui da Fundação Oswaldo Cruz, e somente no Brasil, atingimos a marca de 36% das gestantes que sofrem algum tipo de violência. Nós precisamos ressignificar atendendo ao nosso próximo, da melhor maneira possível, seja através de gestos, de carinho, de humanização. Estamos aqui levando orientação para a população através de rodas de conversas, de palestras, e com a entrega de alguns materiais. Não temos fins lucrativos, mas ao contrário, nós entregamos materiais de forma gratuita, e esta parceria com a secretaria, é para unir nossos esforços para que mais pessoas sejam alcançadas”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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