Campanha da Defensoria Pública disponibiliza 100 kits de exames de DNA

^{Ney Silva e Rachel Pinto}

A Defensoria Pública de Feira de Santana iniciou na manhã desta sexta-feira (9) a Campanha Ação Cidadã sou Pai Responsável, que prossegue até a próxima terça-feira (13). O lançamento da Campanha foi na sede do órgão, na Avenida Maria Quitéria, onde foram disponibilizados 100 kits de exames de DNA.

O evento contou com a presença do ator baiano Érico Brás que disse que ao ser convidado para ser padrinho da campanha aceitou de imediato. Para ele, o fato de ser uma pessoa pública influencia a sociedade e é importante dialogar sobre a paternidade responsável, principalmente durante o mês de agosto que é voltado para a comemoração dos Dia dos Pais.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Eu fui uma pessoa que tive pouca presença do meu pai na minha vida e isso impactou demais na minha pessoa. Porque eu tive o auxílio de outras pessoas que exerceram a paternidade comigo e por conta disso eu consegui ter uma educação, um encaminhamento. Isso me fez pensar no tipo de pai que eu queria ser. Eu desde muito cedo percebi que não quero ser esse pai que não dá atenção ao filho, que não assume a paternidade, que não faz a sua parte. Então quando eu tive a minha primeira filha aos 24 anos, a primeira coisa que eu prestei atenção e disse foi que eu precisava ser um pai diferente. Era preciso ser um pai que eu não tive e como eu sou uma pessoa pública, um ator, uma pessoa que trabalha com a informação, que trabalha com formação de pessoas me sinto na obrigação de dar esse retorno para a sociedade”, disse.

Érico frisou que a discussão sobre paternidade no Brasil é crucial, especialmente porque ainda existe o machismo muito forte e casos de mulheres que engravidam de forma não programada e os homens não assumem a paternidade. Para ele, paternidade é uma questão de responsabilidade.

A dona de casa Marinês Pereira da Silva, de 37 anos que mora no distrito de Maria Quitéria procurou o apoio da Defensoria Pública para fazer um exame de DNA. Ela relatou que teve dificuldades com o pai da filha. Ele está se negando a assumir a criança.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Eu vim marcar o exame de DNA, mas não consegui marcar não porque tem que ter o suposto pai e o suposto pai não veio. Ele tem que ter uma carta para ser intimado e vir. Porque ele diz que a menina é filha do vizinho, sem eu ter tido nada com o vizinho. Só fiquei dois meses com ele e ele dizia que era solteiro. Quando eu engravidei e contei para ele, ele pediu para que eu abortasse a criança. Ainda me deu R$50 para que eu fizesse o aborto e eu disse que não iria fazer.