Feira de Santana

Câmara questiona retirada de monitores de trânsito e gasto de R$ 200 mil com monitoramento eletrônico

O superintendente Municipal de Trânsito, Ricardo da Farol, poderá ser convidado a prestar esclarecimentos na Câmara Municipal sobre a decisão.

A retirada de monitores que atuam na orientação de pedestres nas faixas de trânsito tem gerado questionamentos entre os vereadores de Feira de Santana. O superintendente Municipal de Trânsito, Ricardo Cunha, conhecido como Ricardo da Farol, poderá ser convidado a prestar esclarecimentos na Câmara Municipal sobre a decisão. O debate ocorreu durante a sessão de quinta-feira (3), quando parlamentares destacaram a importância do serviço e manifestaram preocupação com a possível descontinuação da atividade.

O presidente da Câmara, Marcos Lima (UB), defendeu a necessidade de esclarecimentos. “Não sabemos qual o motivo, e porque os agentes da SMT não fazem mais este trabalho nas ruas. Eles são vistos, apenas, em veículos, fazendo fiscalização. Então, concordo que convidemos o secretário ou superintendente da área para prestar esclarecimentos”, afirmou.

O vereador Zé Curuca (UB), que trouxe o tema à discussão, argumentou que a remoção dos monitores pode comprometer a segurança dos pedestres. “Precisamos saber o que está acontecendo. Estes comentários vêm desde a gestão passada. Que seja convidado a vir aqui, a empresa ou algum responsável que dialogue e explique a situação. Não é bom retirar este pessoal das ruas”, declarou.

Outros parlamentares, como Jurandy Carvalho (PSDB), reforçaram que o ideal seria que o próprio superintendente prestasse as informações, uma vez que ele conhece os detalhes do contrato e a alocação dos recursos.

Por outro lado, o líder do Governo na Câmara, José Carneiro (UB), declarou na sessão desta quinta (3) que Ricardo Cunha já havia se manifestado “sensato” sobre o pagamento de R$ 200 mil mensais à empresa responsável pelo monitoramento de trânsito. Segundo ele, o superintendente considera esse valor elevado e sugere que o recurso seja direcionado a campanhas educativas para conscientização de motoristas sobre a importância de respeitar as normas de trânsito.

vereador
José Carneiro | Foto: CMFS

“Ele [Ricardo] foi o primeiro a levantar a voz, dizendo ser injusto a Prefeitura arcar com R$ 200 mil por mês para pagar a estes monitores”, disse Carneiro.

A proposta de investir em campanhas de educação no trânsito também foi defendida pelo vereador Silvio Dias (PT), que destacou a necessidade de um concurso público para aumentar o número de agentes. Já Lulinha da Gente (UB) reforçou que, no passado, a função de orientação nas faixas era desempenhada pelos próprios agentes de trânsito. “Feira tem realmente estes profissionais. Mas, estão onde? De fato, concordo que precisa fazer concurso”, afirmou.

Com informações da Câmara Municipal de Feira de Santana

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