Feira de Santana

Câmara Municipal realiza sessão solene em homenagem ao Dia do Pescador

Através da parceria entre pescadores de municípios da região, o evento também registrou a presença de 30 colaboradores de Riachão do Jacuípe.

Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

Em comemoração ao Dia do Pescador, comemorado nesta quinta-feira, dia 29 de junho, a Câmara Municipal de Vereadores, realizou, através de uma sessão solene nesta quarta-feira (28), diversas homenagens com o objetivo de evidenciar a categoria no município e destacar a sua importância na atividade econômica e preservação do meio ambiente.

De autoria do vereador Jurandy Carvalho (PL), a sessão contou com representantes da Associação de Pescadores de Feira de Santana e também do município de Riachão do Jacuípe. Palestrante e homenageado, o ambientalista e especialista em meio ambiente, João Dias defendeu o reconhecimento dos pescadores de Feira de Santana e explicou as maiores dificuldades da categoria.

Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

“Hoje é a véspera, amanhã é o dia oficial porque o pescador mais famoso é São Pedro. O vereador Jurandy nos homenageou hoje e essas sessões são muito importantes porque os pescadores, embora participem da história, ainda assim são renegados, não são reconhecidos como deveriam. No caso de Feira de Santana, a Associação de Pescadores luta há mais de 20 anos pelo reconhecimento dos pescadores, reconhecimento esse que não acontece. Os pescadores daqui passam por muitas dificuldades, por isso houve a necessidade por meio de sua associação criar com muito esforço uma colônia que vai ajudar para que possamos cuidar ainda mais do direito dos pescadores. A principal dificuldade é não ter um território reconhecido no Lago de Pedra do Cavalo. Não temos defesa e embora o município de Feira de Santana receba recursos desde 2007 segundo a lei, pela ocupação do lago, nenhum centavo dessa lei é repassado aos pescadores”.

Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

Contando com cerca de dois mil pescadores, Feira de Santana também comercializa peixes para outros municípios do estado da Bahia. De acordo com o vereador Jurandy Carvalho, o município conta com uma rica variedade de produtos, mas a pesca ainda necessita de valorização principalmente dos órgãos públicos.

“A gente se sente motivado, damos visibilidade ao pescador, ao agricultor, a todas as pessoas que estão esquecidas há muito tempo. Se formos ver, Jesus na bíblia já cita os pescadores. Chama Pedro, Tiago, outros pescadores para serem pescadores de homens. O pescador é uma profissão milenar e reconhecemos essa categoria que é tão sofrida, deixada as traças. Aqui em Feira temos cerca de 2 mil pescadores, mas não temos reconhecimento. Fundamos uma colônia de pescadores no município, associação e fiz parte disso tudo, é importante reconhecer a categoria. Hoje a pesca de Feira de Santana é comercializada em outros municípios, Vitória da Conquista, Santo Antônio de Jesus. As pessoas vêm aqui comprar o camarão que é pescado na região de Ipuaçu para levar a outros municípios. A pesca é dividida, pescamos quase 20 mil quilos de camarão, como também de tilápia, que são distribuídos por toda a região de Feira de Santana”, frisou.

Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

Colônia de Pescadores

Através da parceria entre pescadores de municípios da região, o evento também registrou a presença de 30 colaboradores de Riachão do Jacuípe. O presidente da Associação de Pescadores, Jairo Martins dos Santos, evidenciou a homenagem feita pela Casa da Cidadania e enfatizou as maiores deficiências da categoria no estado, além da degradação do Rio Jacuípe.

Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

“Estamos presenciando essa linda homenagem pois amanhã é o Dia do Pescador e é uma grande satisfação. É uma grande importância, é uma categoria que era bem esquecida, hoje em dia está sendo mais valorizada, com o Ministério da Pesca, Superintendências e Fundações. Automaticamente, através dessas entidades, conseguimos benefícios em prol dos pescadores. Pescadores na colônia de Riachão temos cerca de 280 cadastrados. Porém, são cerca de mil famílias que vivem da pesca no município. A pesca é muito forte e o que se torna forte é porque o município é cortado pelo Rio Jacuípe, apesar de sua deficiência e degradações. Hoje, o que se predomina em Riachão, é a tilápia, a traíra. O Rio Jacuípe recebe uma carga de poluição muito grande, porque desde a nascente, até chegar em Feira de Santana, não existe um tratamento. Tudo é jogado em seu leito e acaba degradando. Além dessa questão, existe o problema dos fazendeiros que desmatam próximo e o rio chega a secar em alguns pontos. É um trabalho que a colônia está correndo atrás para reverter a situação e com o projeto do canal, onde acontecerá uma transposição, creio que vamos tornar um rio perene e a pesca será um grande investimento”, finalizou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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