Buracos na Estrada do Besouro causam prejuízos para os moradores; via interliga diversos bairros da cidade  

A Estrada do Besouro em Feira de Santana corta diversos bairros da região norte da cidade. Na segunda-feira (15), a reportagem do Acorda Cidade esteve no local para registrar as reclamações de diversos moradores e comerciantes que estão sofrendo com as péssimas condições da via. Há muitos buracos, falta calçamento e também manutenção da vegetação, além de transporte público suficiente, principalmente no bairro Asa Branca.

A avenida tem relevante importância na mobilidade da cidade, já que atende oito conjuntos residenciais, entre eles Parque dos Coqueiros, Vida Nova Asa Branca, Asa Branca de 1 a 6, nos bairros Pampalona, Campo Limpo, Morada das Árvores, Gabriela, Sobradinho, entre outros.

Adelmo dos Santos tem um comércio na localidade há quase dois anos. Ele disse que desde que trabalha na região a situação é a mesma. Em alguns momentos pontuais algumas melhorias são realizadas, mas nada que resolva o problema da população. 

“Arruma um tempo, fica boa, depois continua do mesmo jeito. Já merecia há muito tempo está pavimentada, porque tem bastante movimento. Eu acho que tinha que ter um olhar especial para essa área para fazer o asfalto. Como a gente anda para lá e para cá, sobe e desce, a gente tem que ir para o centro, então eu acho que ajudaria muito o pessoal que mora nessa área aqui”. 

Segundo Adelmo, a quantidade de buracos por toda a via traz riscos para a vida das pessoas que trafegam e transitam pela região. 

“Você vai fazer um desvio de um buraco, pode vir um carro atrás, ultrapassando, ou uma moto, colidindo até frontalmente, dependendo do que você vai fazer. Tem muita gente que não olha para trás quando vai desviar de algum obstáculo na frente. Como aqui tem muito buraco, já ocorreram vários acidentes”, relatou ao Acorda Cidade. 

Além disso, a falta de asfalto levanta uma poeira significativa na estrada, que prejudica a saúde dos moradores e os comércios da região. Para ele falta quebra-molas, falta asfalto e infraestrutura na estrada.

O morador Petrônio Furiate comercializa frangos na região e também precisa se locomover com frequência na via. Ele também confirmou as péssimas condições do lugar. 

“Passo constantemente na Estrada do Besouro e é uma estrada crítica, quando chove, infelizmente, os buracos aparecem mais e mais. Como é paralelepípedo, os blocos ficam soltos, os carros passam, os paralelepípedos voam, já quebraram dois vidros aqui das lojas. A poeira é constante, a gente que tem comércio toda hora tem que passar pano. Quem tem problema de respiração mesmo, está todo dia aqui respirando essa poeira, faz mal”, relatou. 

O comerciante cobrou providências por parte das autoridades que segundo ele, não realizam uma obra consistente no local. Por conta dos buracos, ele já teve pneus lascados, vidros quebrados, inclusive já presenciou acidentes fatais na estrada. Além dos problemas causados pelos buracos, os meios de transporte que percorrem a região também são críticos. 

“Os ônibus chegam aqui acabando com tudo. Se tiver um buraco o ônibus passa, a caminhão passa. As vans rodando tudo cheia. Não só os buracos, mas também os meios de transporte são muito ruins. Precisamos de mais vans, de mais ônibus. Precisamos que eles olhem para nós aqui, porque somos esquecidos. Teve promessa que iria asfaltar, mas nós estamos esperando essa promessa. Nem asfalto e nem o reparo dos paralelepípedos”, pontuou. 

Próximo ao comércio de frango há uma placa indicando o quebra-molas, mas não há redutor no local. Segundo o morador, isso é rotineiro. Primeiro os responsáveis colocam as placas e quando bem querem, aparecem para terminar o serviço. 

Os bairros que cortam a via seguem em expansão, mas sem a estrutura a altura da quantidade de moradores que já vivem no lugar. Petrônio reforça os serviços básicos que a comunidade necessita com urgência. 

“Muita gente veio morar aqui, mas nós precisamos de uma lotérica, nós precisamos de um módulo policial, precisamos de um mercado de excelência, com os preços bons para a população. A maioria recebe o Bolsa Família, são pessoas de baixa renda que precisam ser olhadas pelos governantes. São pessoas humildes, assalariadas, pessoas correrias, batalhadoras, que correm atrás a cada dia para ganhar seu pão e precisamos de transporte, para o George Américo. Muita gente vai para o George Américo, tem que ir andando, tem que ir na lotérica na Morada das Árvores, tem que pagar motoboy, tem que pagar Uber, precisamos de uma van que entre no George Américo, precisamos de um ônibus também”, reivindicou. 

Durante os períodos chuvosos, ele relata que os problemas pioram. Carros ficam atolados, ruas ficam alagadas e muitos acidentes são registrados por conta dos buracos que ficam submersos.